Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de março de 2024
Delegados de Polícia levaram ao conhecimento do deputado Paparico Bacchi proposta da equiparação com demais categorias judiciárias do Estado
Foto: Divulgação/Fábio GonçalvesEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa gaúcha, deputado Paparico Bacchi, manteve encontro com a comissão da ASDEP, a Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul. Participaram da reunião o presidente, delegado Guilherme Wondracek, e os delegados João Lopes Ferrão, Fernanda Campos Hablich e Rodrigo Pollmann Garcia, que fizeram relatos importantes da atual situação dos salários da categoria, que pediu ao parlamentar apoio para pleitear reajuste com equiparação dos seus vencimentos a outras carreiras jurídicas do Estado.
Deputado vê dificuldades no atendimento
O deputado admitiu que a solicitação dos delegados, “do modo como o governador Eduardo Leite está levando o Estado hoje, será muito difícil de ser atendida”, mas se colocou à disposição da categoria para tentar facilitar a interlocução com o Palácio Piratini. “O Estado do RS nunca esteve num estágio de autofagia tão voraz como este, que o governador deixou a economia chegar. O pleito da ASDEP é justo. Somos sensíveis ao Poder Judiciário e, acerca dos delegados do Estado, deveria atendê-los da mesma maneira como as demais categorias”, esclareceu o vice-presidente da ALRS, deputado Paparico Bacchi.
Escassez seletiva
A ASDEP relata que o Governo do está realizando uma política de escassez seletiva, atendendo a determinadas categorias do funcionalismo público estadual, em detrimento de outras, como a dos delegados. O Presidente da ASDEP, delegado Guilherme Wondracek, alegou que, no começo deste mandato do governador Eduardo Leite, o RS ocupava a quarta posição no ranking salarial de delegados de Polícia no Brasil: “Hoje, o salário da Polícia gaúcha está em um nível bem abaixo do que queremos. De quarto lugar caímos para o 15º, com um vencimento de R$ 29.594,45/mês, abaixo de Estados como Goiás, com R$ 37.757,79, que já está em fase adiantada de negociação para concessão de recomposição de perdas inflacionárias, inferior também a Roraima, com R$ 37.061,51, com vantagens e verbas indenizatórias limitadas ao teto constitucional do Supremo Tribunal Federal (STF)”, apontou o delegado. Wondracek explicou que há muita dificuldade do Governo em ouvir a demanda do setor. “Já tentamos conversar com o governador, mas está muito difícil de conseguir levarmos nossa reivindicação a ele. O Governo do Estado não possibilita, tampouco facilita, o diálogo”, criticou Guilherme.
Delegados de Polícia exigem valorização do Estado
Segundo a associação de delegados, o objetivo da categoria não tem a pretensão de ultrapassar os valores já praticados a desembargadores do tribunais de Justiça ou Militar do RS, por exemplo, que atualmente correspondem a R$ 35.462,22, o que corresponde a 90,25% do subsídio mensal dos ministros do STF que, desde de 1º de abril de 2023, passou para R$ 37.589,96; no dia 1º de fevereiro deste ano chegou a R$ 39,717,69; e, a partir de 1º de fevereiro de 2025, será de R$ 41.485,49. Para o representante da ASDEP, o intuito dos profissionais é que seja aplicado o mesmo tratamento remuneratório das carreiras jurídicas do RS do Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública em 2023.
“Nós só queremos que o Estado valorize o servidor de Segurança Pública. Para isso, propomos que os reajustes sejam realizados de forma gradativa. Pelo nosso entendimento, por exemplo, um delegado de quarta classe, em maio de 2024, partiria de um rendimento de R$ 37.589,96, passando a R$ 39.717,69, em 2025, e chegando a R$ 41.485,49, em 2026. Comparada nossa remuneração desejada, ainda estaríamos abaixo dos ganhos mensais dos desembargadores, a cada ano, gradativamente”, explicou o presidente da ASDEP, delegado Guilherme Wondracek.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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