A política brasileira é um permanente enigma, em especial pelas incoerências que se escondem atrás de cada partido político. Ontem, tivemos mais uma amostra desse cenário bizarro: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou ao lado dos partidos de esquerda, o seu bloco na disputa pela presidência da Câmara. O grupo pretende apresentar uma chapa que se oponha ao deputado Arthur Lira (PP-AL), que tem a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.
Uma carta lida por Rodrigo Maia, estava subscrita pelo PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede, que matematicamente representam 269 deputados, número superior ao mínimo para eleger a nova mesa da Câmara: 257.
Maia usou uma jogada de efeito, mas quem conhece a realidade de cada partido, sabe que todos eles estão rachados, inclusive os partidos de esquerda, e que estes 269 votos derreterão, e se transformarão em menos de 200.
A farra das verbas da Saúde no RS
O ex-prefeito de Rio Pardo Rafael Reis Barros e mais oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal por fraude na saúde pública. O processo faz parte do chamado “Covidão”, uma série de casos ocorridos em todo o país, envolvendo gestores públicos e suspeitas de desvios em verbas pra o combate ao Coronavírus. Apura-se, neste caso, o desvio de cerca de R$ 10 milhões por meio da empresa terceirizada que administrava o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, sob intervenção judicial.
Nenhuma região com bandeira preta no RS
O mapa do modelo de distanciamento controlado no Rio Grande do Sul divulgado na semana passada, apresentando pela primeira vez, algumas regiões com bandeira preta, de altíssimo risco, aparentemente provocou mais cuidados na circulação de pessoas. O resultado, foi o mapa preliminar divulgado ontem, que coloca 20 das 21 regiões gaúchas em bandeira vermelha, que indica risco alto de contágio para o coronavírus no modelo de distanciamento controlado, mas não coloca nenhuma região em bandeira preta. Como ainda cabe recurso das regiões, o mapa definitivo será divulgado na próxima segunda-feira.
Odebrecht muda de nome e promete agir com “ética, integridade e transparência”
Causou surpresa no mercado o anúncio feito ontem pelo executivo Maurício Odebrecht, de que a Odebrecht, pivô do escândalo da bilionária Operação Lava-Jato, está alterando seu nome, que passa a se chamar Novonor. O nome abriga a holding com 25 mil empregados e seis empresas dos setores de engenharia e construção, mobilidade urbana e rodovias, petróleo e gás, mercado imobiliário, petroquímica e indústria naval. O executivo prometeu que a nova empresa mudará “processos internos” e “métodos de atuação”, agora “rigorosamente pautados pela ética, integridade e transparência”.
Maia, Doria e “gente da justiça” articularam o impeachment de Bolsonaro
Na edição desta semana da revista Veja, o ministro da Economia, Paulo Guedes, relata a articulação que fez para desmontar um plano criado pelo deputado Rodrigo Maia e o governador de São Paulo João Doria, “mais gente da justiça” para derrubar o presidente ir Bolsonaro com um processo de impeachment.