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Demissões no governo federal são marcadas por atritos públicos e ideologia

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Ao acenar com novas mudanças em cargos de comando no governo – a última foi a possível troca do diretor-geral da Polícia Federal –, o presidente Jair Bolsonaro sugere mais capítulos da já extensa série de demissões em oito meses de mandato.

Desde janeiro, 34 pessoas foram exoneradas, conforme mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, entre ministros, presidentes e diretores de órgãos federais. A média vem aumentando: o número de demissões já chega a seis em agosto.

Três principais formas de demissão se destacam e englobam quase todos os casos: foram 16 demitidos por interferência direta de Bolsonaro, se sobrepondo ao ministro da área do funcionário exonerado; outros 12 de responsabilidade do ministro do setor; e três que caíram por influência do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente.

Polícia Federal

O silêncio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, diante dos sucessivos movimentos de interferência do presidente da República na Polícia Federal tem causado estranheza na cúpula do órgão.

Nos dias que se seguiram desde a primeira manifestação do chefe do Executivo, na semana passada, o ex-juiz não deu nenhuma declaração sobre esse assunto e tentou, por meio de interlocutores, passar a impressão de que estava distante do problema.

Depois de atropelar a PF e anunciar uma troca na superintendência do Rio de Janeiro, sugerindo, inclusive, um nome para a mudança, Bolsonaro colocou em xeque na quinta-feira (22) a permanência do diretor-geral Maurício Valeixo à frente do órgão.

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