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Carlos Alberto Chiarelli Democracia: um risco necessário

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(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A política é uma desafiadora das boas e das más intenções daqueles que se propõem a exercitá-la. Verdade que ela nasceu da criatividade da espécie humana e, sob um aspecto operacional e produtivo, gera necessariamente figuras de destaque que vivem e convivem dentro da esfera de sua jurisdição.

A razão prática que anima a dinâmica da política é o processo repetido, mas sempre original, da competição.
Esta é o desaguadouro de todo um processo que foi arrastado e arrastando-se sob a permanência da perpétua disputa entre correntes de opinião pública (destacadamente de parceiros de diferentes ideologias) que criaram a mecânica que seguramente se alicerça em posições de destaque. Resolvem as suas diferentes teses por meio do processo político por excelência, que é a vigência da democracia e o uso desta viabilizado pelo mecanismo das eleições.

A humanidade foi sábia quando entendeu que haveria possibilidade de resolver as demandas locais ou nacionais por meio de uma propositura mais fácil e mais compreensível de ser entendida e respeitada: foi a hora em que a eleição ganhou um título de maioridade.

Naturalmente, a idéia vencedora e que teve guarida nas maiores democracias do mundo ocidental foi a que estabeleceu um procedimento dinâmico para que coletividades inteiras (por exemplo, a população brasileira, hoje formada de mais de 120 milhões de eleitores) possam participar do processo de escolha dos seus dirigentes, de maneira que homens e mulheres, brancos e negros, empresários e trabalhadores, velhos e moços, de uma maneira de sadia obrigação venha dizer, através do voto escrito (em geral obrigatório) qual a sua preferência em termos de cidadania e de opção por quem gerenciará os destinos das suas cidades, dos seus Estados – Distritos – e do seu País.

É preciso que se entenda que o direito de votar é a forma mais explicita de convivência participativa dos cidadãos com os altos poderes do País? Simplesmente por que seja um gari, ou seja um mestre de Universidade, seja um macro empresário ou um subordinado de uma empresa de milhões de empregados, ambos no mesmo dia e na mesma hora, estejam onde estiverem no território brasileiro, devem ter como preocupação fundamental acercar-se da urna número x e confiar-lhe o segredo de quem são os seus preferidos.

Assim se constrói uma sociedade democrática: ninguém é titular de um voto que valha mais do que outro. Sociedade democrática pressupõe um país que se rege por uma Constituição (usualmente Federal), onde funcionam diferentes partidos políticos livremente e o cidadão tem o direito, se um partido político lhe der apoio a ser candidato, oferecendo seu nome à sua coletividade para que esta, acreditando na valia do aspirante ao voto, chegue a ser consagrado pelos seus concidadãos e ganhe o melhor e maior diploma que é a confiança da cidadania que lhe entrega, por julgá-lo idôneo, a parcela de vontade que cada um dos cidadãos tem.

Desde o tempo dos enciclopedistas franceses, que muito defenderam a viabilização do regime democrático, vemos agora, através dos tempos, que a cidadania conseguiu dar forma prática ao que era um desejo cultivado pelo povo mas ainda dependente de certas exigências legais.

Foi graças à aceitação de que o instrumento para permitir que se leia qual é a vontade da cidadania é a maioria, posto que ela certifica que estão de acordo com uma tese A ou B a maior parte dos que formam consultados para que se chegasse a uma decisão final.

A democracia é tudo isso e muito mais do que isso, ainda que de vez em quando surjam “generais bolivianos”que queiram impedi-la de tornar a sociedade mais igual e mais cidadã.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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