Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 24 de novembro de 2022
A Polícia Civil encontrou na quarta-feira, o corpo de um dentista de 31 anos que estava desaparecido desde o fim de semana em Taubaté (SP). Alisson Frade havia sido visto pela última vez na madrugada de domingo (20), e as buscas por ele tiveram grande mobilização.
O corpo do rapaz foi encontrado em uma área de mata às margens da Dutra, próximo ao entroncamento com a Carvalho Pinto, onde ele havia sido visto pela última vez. Na tarde desta quarta-feira, a polícia confirmou que Alisson morreu após sofrer uma queda de 7 metros de altura.
Um coletor, que trabalha na concessionária da rodovia, foi o primeiro a avistar o corpo, enquanto trabalhava. A Polícia Civil usou cães farejadores para localizar o jovem.
Segundo a namorada de Allison, Paloma Moreira, eles estavam em um casamento no sábado (19), quando decidiram ir embora de madrugada. O casal discutiu durante a viagem e decidiu parar no acostamento da rodovia para conversar e tranquilizar a situação.
Ainda segundo o relato da namorada, o dentista, que estava embriagado, não conseguiu se acalmar, desceu do veículo e saiu andando pela estrada. Com a demora do retorno dele, Paloma acionou a concessionária responsável pela rodovia e explicou a situação.
Os funcionários tentaram procurar Allison ainda na madrugada, mas não o encontraram. Sem chave, o carro foi guinchado. Com isso, ela foi até a casa dos sogros e contou o que havia acontecido.
Início das buscas
A mobilização de amigos e parentes foi muito grande. Desde as primeiras horas do desaparecimento de Allison, as pessoas que eram próximas dele começaram a compartilhar informações que pudessem ajudar a chegar ao dentista.
Com a repercussão do caso nas redes sociais, diversos voluntários se disponibilizaram a ajudar na procura. Uma das pessoas que se solidarizou emprestou até drones para fazer imagens aéreas da região onde Allison foi visto pela última vez. O equipamento, no entanto, não conseguiu flagrar nada.
Em relação à polícia, a Secretaria de Segurança Pública confirmou que acompanhava o caso e que trabalhava visando a localização do desaparecido e o esclarecimento dos fatos.
Operação
Nesta quarta-feira (23), data em que o corpo foi encontrado, foi o dia de maior mobilização por parte da polícia, que usou cães farejadores e contou com a ajuda da Polícia Militar e Polícia Ambiental, além de outros órgãos do setor de segurança do estado, como por exemplo o projeto K9 do GOE (Grupo de Operações Especiais) de Franco da Rocha.
A área de buscas foi dividida em 3 quadrantes de buscas, e contou também com o apoio dos funcionários das concessionárias responsáveis pela rodovia Carvalho Pinto e Via Dutra. Vários dos locais vistoriados eram de difícil acesso.
O corpo
O corpo de Allison Frade foi encontrado por volta das 11h40, embaixo de um viaduto na altura do quilômetro 118 da rodovia Presidente Dutra, sentido Rio de Janeiro, próximo ao entroncamento com a Carvalho Pinto, onde ele desapareceu. O local é de difícil acesso, mas as equipes da polícia e a família do dentista conseguiram chegar ao corpo e resgatá-lo.
Allison foi encontrado pelo coletor de lixo José Gilberto dos Santos. Ele trabalha na concessionária que administra a rodovia e encontrou a vítima caída embaixo de um viaduto na Dutra.
Segundo Gilberto, ele tinha começado a trabalhar e desceu o viaduto para fazer a limpeza da área, quando encontrou Alisson caído no chão.
Causa da morte
A Polícia Civil informou que o dentista morreu após sofrer uma queda de uma altura de sete metros na Dutra, em Taubaté.
De acordo com a polícia, o jovem estava embriagado quando desapareceu. A suspeita é que ele tenha caminhado até o viaduto e caído acidentalmente ou tentado pular de uma ponte para a outra, um vão muito grande.
O delegado que investiga o caso, Marcelo Paes, explicou o corpo não apresentava sinais de violência e a morte foi mesmo decorrente da queda. Ele ainda estava com o celular, relógio e carteira.
A Polícia Civil agora vai reconstruir o passado e analisar os laudos periciais para concluir a causa da morte e entender o caminho que Allison fez do momento que deixou o carro da namorada até o viaduto.
A polícia também pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico da vítima, de mensagens de celular e histórico de acessos na internet.