Segunda-feira, 03 de março de 2025
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2016
Em São Paulo, a polícia procura os pichadores de muros que espancaram um dentista até a morte. A pichação que motivou a morte do dentista Wellington Silva, 39 anos, ainda está no muro da casa onde ele morava com os pais. “Não dá para aceitar uma coisas dessas. Tem que haver Justiça. Os criminosos têm que pagar pelo que fizeram e serem punidos. É tudo que a gente pede, porque é uma dor muito grande”, lamenta Francisco Pereira de Sousa, amigo de Wellington.
Câmeras registraram o ocorrido.
As imagens dos pichadores foram registradas por câmeras de segurança. Durante 5 minutos, eles picharam, beberam e conversaram. Assim que foram embora, seu Manoel da Silva, pai de Wellington, abriu o portão e saiu de casa com um objeto na mão. Era um pedaço de madeira. Ele olhou o muro e começou a andar pela rua, em busca dos pichadores. As câmeras também registraram quando Wellington saiu de casa atrás do pai.
Segundo a versão da família, Wellington encontrou o pai na rua de baixo, já apanhando dos pichadores. Seu Manoel disse que eram de oito a dez agressores, que usaram pedras e paus. Ele afirmou que Wellington tentou ajudá-lo e também foi agredido, ainda com mais violência. Seu Manoel teve ferimentos no braço e no rosto. “Eu caí e fiquei uns 20 minutos deitado, foi onde eles aproveitaram. Quando eu acordei não tinha mais ninguém, só nós dois”, contou Silva. Wellington foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Investigação.
O caso foi registrado como lesão corporal e homicídio. A polícia vai usar as imagens das câmeras de segurança e analisar os símbolos pichados no muro para tentar encontrar os agressores. Na oficina vizinha à casa de Wellington, as pichações têm as mesmas assinaturas. O irmão e a mãe do dono do carro usado pelos pichadores já se apresentaram na delegacia. A família disse que não sabe onde o rapaz está. Os investigadores revelaram que a mãe reconheceu o filho nas imagens. “Pensar que uma pessoa consegue agredir a outra a ponto de matar, para mim isso é inconcebível. Isso não é humano. É muito irracional”, destacou Mariana Macedo, vizinha da família. (AG)