Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Denúncia do Ministério Público Federal traz foto de arma de policial atingida por tiro disparado por Roberto Jefferson

Compartilhe esta notícia:

Em 23 de outubro, Jefferson recebeu policiais federais com granadas e tiros de fuzil. (Foto: Reprodução) Instagram/ Roberto Jefferson)

A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-deputado Roberto Jefferson pelo ataque que ele promoveu contra policiais federais, no dia 23 de outubro, mostra a violência do ataque e a intenção de matar por meio de fotos.

Uma das imagens mostra como ficou a arma da policial Karina de Oliveira, que foi alvejada por um dos tiros disparados pelo ex-deputado federal. A pistola que Karina usava teve o seu cano destruído.

“Não é exagero afirmar que a policial Karina, na véspera de seu aniversário 32º, nasceu novamente, uma vez que sobreviveu a estilhaços que atingiram seu rosto e perna, decorrentes do lançamento da 1.ª granada, e que ela foi salva, de forma milagrosa, por sua própria pistola, que portava no coldre afixado na cintura e que foi alvejada por um tiro de carabina que lhe arrancou a boca do cano, tal como esclarecido no Laudo de Perícia Criminal”, diz trecho de denúncia exibindo imagens do armamento.

A denúncia dessa quarta-feira (7) destaca ainda algumas qualificadoras, como a tentativa de matar os quatro policiais federais, com emprego de explosivo e de meio que resultou perigo comum, além de emprego de arma de fogo de uso restrito.

O documento detalha ainda que o depoimento de Roberto Jefferson, em que dizia ter dado mais de 50 tiros contra os policiais, não foi uma bravata. Ao todo, a denúncia identificou aproximadamente 60 disparos e as seguintes apreensões:

— 23 cartuchos calibre 5.56;
— 4 cartuchos calibre 9mm;
— 3 fragmentos de projétil (não classificado);
— 38 pedaços referentes às granadas adulteradas;
— 2 fragmentos metálicos expelidos naturalmente do corpo do policial Marcelo;
— 1 fragmento metálico expelido naturalmente do corpo da policial Karina;
— 1 fragmento metálico retirado do corpo de Karina por meio de cirurgia realizada no dia 2 de novembro.

A denúncia é assinada pelos procuradores da República Charles Stevan da Mota Pessoa e Vanessa Seguezzi.

Defesa

Na época dos acontecimentos, os advogados disseram apenas que a prisão em flagrante – e que foi convertida em preventiva pelo STF – usurpou a competência da Justiça Federal em Três Rios, que abrange a área de Comendador Levy Gasparian.

Sobre os atos de Jefferson, os advogados disseram que só se manifestariam nos autos.

No início de novembro, os advogados pediram a suspeição de Alexandre de Moraes em todos os processos contra o ex-deputado, inclusive a ação contra policiais federais. A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), vai ser a nova relatora do caso.

Segundo os advogados de Roberto Jefferson, Moraes agiu de forma parcial no processo.

“Surge patente parcialidade para funcionar como investigador do Excipiente e condutor do INQ 4874, e, por consequência, não só da PET 9844, mas para apreciar todo e qualquer requerimento referente ao Sr. Roberto Jefferson”, afirma um trecho do documento.

O ex-deputado segue preso em Bangu 8, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Relembre

Jefferson cumpria prisão domiciliar, determinada no inquérito sobre uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.

Ele descumpriu várias medidas da prisão domiciliar, como passar orientações a dirigentes do PTB, receber visitas, conceder entrevista e compartilhar fake news que atingem a honra e a segurança do STF e seus ministros, como ao ofender a ministra Cármen Lúcia.

Por causa de todos estes descumprimentos, Alexandre de Moraes revogou a prisão domiciliar e determinou sua volta à prisão.

No dia 23 de outubro, a Polícia Federal foi cumprir a ordem de prisão e foi atacada por Roberto Jefferson com granadas e fuzil – mesmo que ele não tenha direito de portar arma de fogo. Dois agentes foram feridos. A PF revidou o ataque, mas não invadiu a casa do ex-deputado.

Jair Bolsonaro repudiou as ofensas a Cármen Lúcia e a ação armada, mas criticou o inquérito do STF e determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao local. A presença do ministro foi um pedido do próprio Roberto Jefferson.

Apoiadores de Jair Bolsonaro também foram para a porta da casa de Roberto Jefferson e hostilizaram a imprensa que está no local. Um repórter cinematográfico foi agredido.

Roberto Jefferson se entregou à polícia na noite do dia 23 de outubro, após passar 8 horas desrespeitando a ordem do Supremo Tribunal Federal.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Em dois turnos, Senado aprova PEC da Transição
Superior Tribunal de Justiça põe no banco dos réus desembargadora que vendia alvará de soltura por 50 mil reais
https://www.osul.com.br/denuncia-do-ministerio-publico-federal-traz-foto-de-arma-de-policial-atingida-por-tiro-disparado-por-roberto-jefferson/ Denúncia do Ministério Público Federal traz foto de arma de policial atingida por tiro disparado por Roberto Jefferson 2022-12-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar