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Depoimento de ex-diretor de Informática “reforça suspeita” contra presidente da Câmara dos Deputados, diz Procurador-Geral da República.

Cunha teria criado documentos para “ameaçar” as empresas Samsung e Mitsui. Foto: Renato Costa/Folhapress

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que informações prestadas pelo ex-diretor da área de informática da Câmara dos Deputados Luiz Antonio Souza da Eira “reforçam as suspeitas” sobre o envolvimento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em requerimentos alvo das investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

Em depoimento a procuradores e à PF (Polícia Federal) um dia após ser demitido por Cunha, Eira afirmou que a informação do autor é feita por meio de uma “senha pessoal e intransferível” e que o nome de Cunha figura como autor. O ex-diretor disse, ainda, que o resultado de uma auditoria “explicava que não havia qualquer tipo de fraude” nos documentos. “Os requerimentos que constam no sistema (de informática da Câmara) eram exatamente aqueles que foram inseridos no sistema em 2011”.

Este depoimento foi decisivo para sustentar o pedido de Janot ao STF (Supremo Tribunal Federal) para coletar documentos no setor de informática da Câmara nesta semana. Esses arquivos devem ajudar nas investigações de um inquérito da Lava-Jato do qual Cunha é alvo.

Em sua declaração, Eira confrontou explicações dadas por Cunha, o que teria aumentado as suspeitas de seu envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras, segundo a procuradoria. Investigadores da Lava-Jato buscam informações sobre a origem de dois requerimentos criados na Câmara em 2011. (AE)

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