Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As manifestações do dia 7 de setembro deram à oposição instalada nos partidos políticos, e em diversos órgãos aparelhados pela esquerda, uma certeza: a reeleição do presidente Jair Bolsonaro é uma realidade, e um processo impeachment não teria nenhuma viabilidade no Congresso Nacional.
Apavorados, deram-se conta de que a única saída, diante desse apoio popular, será inventar uma filigrana jurídica pra cassar no tapetão o mandato do presidente.
Só isso justifica a pressa do corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Felipe Salomão, em decidir investigar se as manifestações do Dia da Independência foram financiadas. Nomeado por Lula para o STJ em 2008, o mandato por dois anos de Salomão como corregedor do TSE termina este mês.
Ele quer apurar no inquérito que mira o presidente Jair Bolsonaro por supostos ataques às urnas eletrônicas, se houve pagamento de transporte, diárias, quem são os organizadores e se teve conteúdo de campanha eleitoral antecipada.
CPI do Circo dá mais um espetáculo deprimente
Senadores que controlam a CPI do Circo no Senado, repletos de crimes investigados, ou a serem identificados, como Renan Calheiros (nove inquéritos por diversos crimes), Omar Aziz, (com passaporte apreendido pelo desvio de R$ 260 milhões da saúde do Amazonas, a esposa e o irmão presos), Humberto Costa (Máfia das Sanguessugas, desvio de dinheiro na Saúde) e Randolfe Rodrigues (rachadinha com o chefe de gabinete) têm a ousadia de apontar crimes supostamente cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro.
Para isso, contrataram Miguel Reale Junior e um grupo de advogados admiradores da esquerda, para produzir um relatório tão ridículo quanto a trajetória da CPI.
Relatório extrapola papel da CPI
Ontem, o senador Marcos Rogério (DEM-Rondônia) revelou em entrevista coletiva, sua surpresa pelo fato da CPI incluir no seu relatório, uma proposta para modificar a legislação que define a tramitação dos processos de impeachment, o que foge ao propósito da Comissão:
“Para ter essa hipótese de, através de um relatório da CPI, propor a atualização da lei do impeachment, é uma evidência de que ele está indo além do papel da CPI. E, naquilo que é o papel da CPI, ele está ignorando os fatos, não querendo investigar, focando apenas no embate pré-eleitoral, o que é lamentável”.
Vem aí o embate Senado x Câmara
O acordo fechado ontem no Senado para sepultar a proposta aprovada pela Câmara prevendo o retorno das coligações nas eleições para deputados e vereadores, promete criar um embate entre as duas casas do Congresso. O presidente da Câmara Arthur Lira já havia alertado que a questão das eleições proporcionais diz respeito à Câmara. Tanto assim, que os deputados não promoveram no texto da reforma eleitoral, qualquer alteração no processo de eleição majoritária dos Senadores.
A verdade é que o fim das coligações para a disputa das vagas de deputados vai antecipar o fim de diversas siglas de aluguel.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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