O Supremo Tribunal Federal, instituição respeitada e inatacável, é a mais alta instância do poder judiciário brasileiro. Sua função institucional fundamental é de servir como guardião da Constituição Federal de 1988. Outra coisa é a atual composição do STF, que por alguns de seus membros, pela falta de discrição, compostura e lenheza, desrespeitam a história do Pretório Excelso.
Veto ao ministro Luiz Fux
Vamos aos fatos. O atual presidente do STF, ministro Luiz Fux, havia confirmado sua presença em Bento Gonçalves no dia 3 de junho, onde faria uma palestra a convite do Centro da Indústria e Comércio de Bento Gonçalves. Porém, um volume impressionante de protestos da comunidade regional criticando a presença do ministro na cidade, e inclusive a crítica de alguns patrocinadores, acabou levando a entidade a cancelar a palestra que Luiz Fux faria no dia 3.
OAB bancou a palestra
Com a desistência do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) em trazer o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, para palestrar na entidade, após pressão de associados e patrocinadores, a Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Bento Gonçalves, correu para consertar o estrago e bancou a vinda do ministro para a cidade. A palestra será realizada no dia 3 de junho, às 19h30, no Spa do Vinho. A informação tem como fonte o blog Serranossa.
Momento de reflexão
O episódio de Bento Gonçalves deve servir, antes das críticas apressadas, a uma profunda reflexão. Erraram os setores da comunidade que se manifestaram contra a visita do presidente do STF? Mas o ministro Luiz Fux e seus pares, em algum momento precisarão colocar-se do outro lado do balcão. Saindo da bolha em que vivem, ouvindo o mundo real, perceberão que o STF continua respeitado. Porém muitos dos ministros do STF, lamentavelmente não têm se dado ao respeito, por declarações e posturas públicas que nada têm a ver com o comportamento de um membro da Suprema Corte.
Impeachment do ministro Luís Roberto Barroso
O cenário realmente, não é dos melhores. Normalmente pacato e conciliador, o senador Luis Carlos Heinze (PP), pré-candidato ao governo gaúcho, perdeu a paciência, e pediu ao Senado Federal a abertura de processo de crime de responsabilidade contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, em razão de manifestação pública que atenta contra as Forças Armadas, o que “caracteriza comportamento incompatível com a honra, dignidade e decoro do cargo que ocupa”. Barroso dá impressão de ter escolhido o papel de militante oposicionista, como no período em que era advogado do terrorista italiano Cesare Battisti. O requerimento do senador foi protocolado no gabinete do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal ontem, dia 24 de maio.