Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de abril de 2020
Sérgio Moro durante pedido de demissão na sexta-feira.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, divulgou na sexta-feira (24) uma troca de mensagens com Jair Bolsonaro. A divulgação foi feita durante a edição do Jornal Nacional. Neste sábado (25), o presidente afirmou no Twitter que apoiou o ex-ministro no episódio do vazamento de mensagens da Lava-Jato. Moro respondeu.
O presidente comparou a apresentação voluntária de mensagens pelo ministro à imprensa ao episódio dos vazamentos de diálogos de membros da força-tarefa da Lava-Jato sem o consentimento de Moro ou outros membros do grupo. O presidente compartilhou em suas redes sociais uma imagem acompanhada de um texto.
“A Vaza Jato começou em junho de 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas de Sergio Moro com membros do MPF. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro, cobravam o STF. Bolsonaro no desfile do dia 7 fez isso”.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 25, 2020
A imagem mostra Bolsonaro com a mão no ombro do então ministro Sérgio Moro.
Moro também respondeu usando suas redes sociais no fim da manhã deste sábado. Ele traz uma notícia que mostra pedido investigação feito por Moro sobre o porteiro do condomínio de Bolsonaro no caso do homicídio da vereadora Marielle Franco.
O ex-ministro ressalta que preservar a PF (Polícia Federal) de interferência política é uma questão institucional, de Estado de Direito, e não de relacionamento pessoal.
“Sobre reclamação na rede social do Sr. Presidente quanto à suposta ingratidão: também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado. Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional, de Estado de Direito, e não de relacionamento pessoal”, tuitou Moro.
Sobre reclamação na rede social do Sr.Presidente quanto à suposta ingratidão:também apoiei o PR quando ele foi injustamente atacado.Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional,de Estadode Direito,e não de relacionamento pessoal https://t.co/I5HD9uhTj9
— Sergio Moro (@SF_Moro) April 25, 2020