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Política Depois de negar golpe no 8 de Janeiro, presidente da Câmara dos Deputados quer mudar de agenda

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Hugo Motta avalia que abriu a guarda e antecipou um debate que preferia que fosse feito mais à frente. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Depois de citar Ulysses Guimarães 15 vezes em seu discurso de posse como presidente da Câmara dos Deputados e na sexta-feira passada (7) dar, enfim, sua opinião sobre o 8 de Janeiro, Hugo Motta (Republicanos-PB) não pretende falar no assunto tão cedo.

Na ocasião, deu uma declaração polêmica da qual se arrepende, de acordo com interlocutores com quem conversou no fim de semana. Não porque não pense o que disse, mas por avaliar que abriu a guarda e falou o que não precisava ser dito ainda. Motta passou os últimos dias conversando à direita e à esquerda e com integrantes do Judiciário para se explicar.

Ele quer tentar virar essa página, e falar de votações importantes para o País de projetos que pretende que sejam votados em 2025, de acordo com interlocutores do presidente da Câmara. Quer mudar de agenda, em resumo. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O presidente da Câmara pretende pautar, sim, o projeto de lei que anistia os condenados do 8 de Janeiro, mas não há a mínima previsão de que isso aconteça neste primeiro semestre. Por isso, antecipar o debate e, pior, colocando-se no centro dele, não faz sentido político para Motta. Até por que nem os bolsonaristas desejam votar qualquer projeto de anistia agora, uma vez que é necessário mais tempo para que tenham segurança de que a matéria seria aprovada.

Motta havia conseguido passar os quase 100 dias de sua campanha oficial à presidência da Câmara se desviando de tornar pública sua opinião sobre o 8 de Janeiro. Ele não havia se posicionado até então sobre se avaliava o episódio como golpe, como sustenta a Polícia Federal (PF) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, ou como simples baderna, como querem os bolsonaristas e a direita em geral – ainda que algumas pistas sobre o que pensava sobre anistia aos que estão sendo condenados pelo STF ficassem mais explícitas.

Na sexta-feira, no entanto, durante uma entrevista a uma rádio da Paraíba, disse com todas as letras que:

“O que aconteceu não pode ser admitido novamente, foi uma agressão às instituições. Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, e não teve isso.”

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