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Depois do afastamento de Dilma, atos prós e contra o impeachment perderam força no País

Atos de abrangência nacional ocorreram até que o afastamento provisório da presidenta fosse votado, em 12 maio. (Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas)

As panelas silenciaram. A temperatura das ruas baixou. Tudo parece ter voltado à velha normalidade. Mas, alto lá, não era contra a corrupção? Não haveria resistência contra aquilo que foi chamado de golpe? Onde estão “coxinhas” e “mortadelas”? Para onde foi todo mundo? No dia 13 março, a imprensa trombeteava “a maior manifestação da história do País”. Segundo estimativa da Polícia Militar, mais de 3 milhões de brasileiros foram às ruas para pedir a saída de Dilma Rousseff da Presidência.

Dias depois, apoiadores de Dilma também tomaram as ruas e arregimentaram milhares de manifestantes Brasil afora. Atos de abrangência nacional ocorreram até que o afastamento provisório da presidenta fosse votado, em 12 maio. Após isso, um protesto contra o governo interino contou com atos em quase todas as capitais e levou muita gente à avenida Paulista, em São Paulo (SP).

Desde então, só manifestações pontuais, aqui e acolá. A promessa de incendiar o País acabou por não se concretizar. Para o professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e cientista político Jairo Pimentel, o “Fora Dilma” tinha um apelo concreto e, depois do objetivo conquistado, houve “um esfriamento natural”. “Já o grupo pró-Dilma tem se concentrado em ações menos conectadas às ruas”, afirmou ele. (AE)

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