Segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 12 de dezembro de 2024
A crítica especializada vem apontando que Pamela Anderson esteve em sua melhor atuação com a personagem Shelly, de “The last showgirl” (2025). A atriz canadense, inclusive, foi indicada ao Globo de Ouro 2025 na categoria de melhor atriz em drama. Antes, porém, a artista viveu um período de afastamento dos holofotes de Hollywood, relegada a papéis sem muita expressão no cinema e na televisão e vivendo em uma ilha remota no Canadá.
Anderson tornou-se um símbolo sexual na década de 1990, quando viveu C.J. Parker na série “Baywatch — S.O.S Malibu”, entre 1992 e 1997. Ela ficou conhecida na produção por usar um maiô vermelho, que a catapultou para a fama absoluta — e também pode ter sido seu infortúnio, visto que depois foi praticamente escanteada por Hollywood.
Após participar da série, Anderson esteve em produções como “V.I.P.”, “Stacked” e “Ataque das loiras”, chegando a integrar ainda o elenco de algumas obras relacionadas a “Baywatch”.
Nesse ínterim, entre “Baywatch” e a recente indicação ao Globo de Ouro, Anderson buscou ter uma vida mais tranquila e passou a morar em uma ilha isolada no Canadá, onde nasceu. “Acho que foi um retorno ao lar, uma chance de olhar para minha vida e lembrar quem eu realmente sou — não o que os outros dizem que eu sou”, disse ela sobre a volta ao país de origem.
O período também foi marcado por questões relativas à saúde mental: “Eu não sei o que aconteceu entre isso, tudo é nebuloso. Eu estou apenas feliz por estar aqui, neste momento, porque acho que tive depressão por algumas décadas”.
Na época da série da década de 1990, muitas pessoas esperavam capitalizar com seu trabalho e sua posição como ídolo pop, um impulso que gerou uma profusão constante de produtos, incluindo uma Barbie “Baywatch”, uma cola “Pammy” e cartões telefônicos pré-pagos.
Mas desde então ela se concentrou em recuperar sua marca pessoal. Em 2022, Anderson estreou na Broadway como Roxie Hart, a corista muito explorada, em “Chicago”. No ano passado, ela publicou “Love, Pamela”, uma autobiografia intercalada com poesia — sua própria — e estrelou um documentário da Netflix, “Pamela Anderson — Uma História de Amor”, que ela coproduziu com seu filho mais velho, que a ajudou quando ela estava iniciando sua linha de cuidados veganos com a pele, a “Sonsie Skin”.
Parte da mudança inclui “The Last Showgirl”, filme dirigido por Gia Coppola em que a atriz vive uma dançarina na casa dos 50 anos em busca de se reinventar e ponderando para onde a vida a levará em seguida. Ela sente que o filme tem paralelos com sua própria vida. Ficar sem maquiagem, como ela faz na maioria dos dias, é, em sentido metafórico, “uma forma de descascar as camadas da minha vida”, disse ela.
“Estou com uma página em branco agora, na posição de partida do próximo capítulo”, disse em entrevista ao jornal americano The New York Times.
Este capítulo, acrescentou ela, será “ainda melhor, agora que não preciso mais fingir ser algo que não sou.”