Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Flavio Pereira | 20 de dezembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A deputada estadual Delegada Nadine (PSDB) manifestou-se ontem à coluna, a propósito da derrubada do regime de urgência aprovado pela maioria, para a votação do projeto de lei 364/24 do Executivo, que autorizava a retirada de pontos de energia (tomadas) nas celas do sistema prisional gaúcho. A deputada, que foi a primeira mulher a Chefiar a Polícia Civil do Estado em 180 anos de história da Instituição, no período de 2019 até início de 2022, recorda que “sempre se discutiu muito a necessidade dos bloqueadores de celulares no sistema prisional, que é uma realidade e nunca se enfrentou”. Segundo ela, a retirada das tomadas das celas surgiu como alternativa: na minha visão precisamos cada vez apertar mais o cerco na criminalidade. E o maior gargalo da criminalidade no Rio Grande do Sul, continua sendo o sistema prisional, esse controle que muitas vezes eles – os criminosos – infelizmente têm ali dentro, com o uso de telefones. Então, ao invés de discutir os bloqueadores, podemos minimizar, com a ausência de tomadas dentro das celas. E isso, quem conhece sabe que não sou contra os direitos humanos. Trata-se de pensar sim em garantir os direitos humanos, e prova disso é que as novas empresas que estão construindo presídios usam tecnologias modernas, com blocos que se adaptam ao clima dentro das celas”.
A deputada recorda o que ocorreu no Ceará em 2023: “Em Fortaleza, quando começaram a retirar as tomadas das celas, houve rebelião, queimaram ônibus, mas em quatro dias as forças de segurança conseguiram controlar. Então, é preciso coragem de enfrentar o assunto, porque eu tenho convicção de que nossas forças de segurança controlam qualquer tipo de rebeldia.”
A delegada Nadine mostra-se preocupada também com o sentimento da sociedade diante da perda da oportunidade de votar um projeto tão relevante:
“A minha preocupação é com a mensagem que a gente passa, quando na frente da Assembleia mulheres acampadas por dois ou três dias, deixam a nítida resposta dizendo que valeu a pena terem ficado ali batendo panela pressionando os deputados. Então nesse sentido é que fui contra a retirada do regime de urgência: deveríamos ter enfrentado e deveríamos ter votado. E respeito quem votou contra o regime de urgência, algo que foi construído com o governo, embora eu não tenha sido chamada, mas respeito a maioria. Mas eu, o Pasin e o Camozatto entendíamos que a mensagem objetiva para a criminalidade é que deveríamos enfrentado o tema, todos os 55 parlamentares. Eu vou continuar com meu posicionamento dentro da casa, mas repito que se perdeu a oportunidade de dar uma resposta rápida e contundente em relação a isso (tomadas para celulares), que é uma demanda histórica das forças de segurança” afirmou a deputada.
Delegado Zucco: “Governo copiou minha proposta, e recuou”
O deputado Delegado Zucco, sobre o tema, comentou que “a proposta original desse projeto de lei (PL 364/24) é de minha autoria e foi protocolada em fevereiro deste ano.” Explica que “contudo, em novembro, o governo do estado decidiu copiar a proposta e enviá-la em regime de urgência. Infelizmente, por medo de represálias do crime organizado, o governo foi pressionado a retirar a matéria das votações, deixando claro que a firmeza na condução da segurança pública cedeu lugar ao medo das facções.”
Quando dólar alcançou R$ 4,11 no governo Bolsonaro, PT ameaçava: “estagnação politica”
O dólar alcançou esta semana a patamares nunca antes vistos no país: chegou a bater na marca recorde de R$ 6,267.
Em junho de 2022, a hoje ministra do Planejamento Simone Tebet mostrava-se alarmada: “Dólar passa de 5 reais hoje por quê? Porque nós temos uma instabilidade política e jurídica. É um governo que não garante segurança jurídica para os investidores”.
O atual líder do governo Lula, o senador Randolphe Rodrigues, afirmava em novembro de 2019, que “Bolsonaro bateu outro recorde! Dólar a 4,20 não é nem para poucos, é só para o atual presidente da República! É a maior cotação da HISTÓRIA do real. Que proeza! Parabéns aos envolvidos!”.
Em maio de 2019, a conta oficial do PT afirmou em seu perfil no X que “quem achou que poderia ir para Disney com o novo governo se enganou. Com Bolsonaro, o real afunda em relação ao dólar, que chega a R$ 4,11. Estagnação política do país e risco para investimentos externos fizeram moeda estadunidense disparar”.
Brasil ontem e hoje
O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou ontem na sua conta pessoal do X, dois momentos da economia retratados pela imprensa brasileira:
* “Real é a 2ª moeda que mais se valoriza em 2022”. Jornal Valor: 20/10/2022.
* “Real está entre as moedas do mundo que mais perderam valor em relação ao dólar em 2024”. Jornal Estadão: 01/12/2024
Líder do governo, deputado Frederico Antunes, contabiliza 100% de aprovação
À frente da liderança do governo na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o deputado Frederico Antunes (PP) terminou o ano legislativo de 2024 mantendo a taxa de 100% de aprovação. Dentre as principais pautas articuladas e aprovadas neste ano, estão o Plano Rio Grande, o FUNRIGS, reestruturação de carreiras, AGERGS e o Plano Estadual de Habitação. Em 2024, fora, 53 projetos de Lei (PL) e cinco projetos de Lei Complementar (PLC), totalizando 58 projetos aprovados. Desde 2019, seu primeiro ano na liderança, foram 347 projetos aprovados.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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