Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Flavio Pereira | 5 de dezembro de 2024
Deputado Dr. Thiago Duarte (União Brasil), coordenou o debate sobre o tema na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa
Foto: Divulgação/ALRSEsta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Brasil não tem sistema público adequado em Saúde mental e necessita mudar urgente o modelo de assistência. No Rio Grande do Sul, a tendência é de piorar as doenças psíquicas após a enchente. Esses foram alguns dos resultados da audiência pública presidida pelo deputado Dr. Thiago Duarte (União Brasil), integrante da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa.
O encontro teve representantes das secretarias municipal e estadual de Saúde, da Polícia Civil, do Instituto Psiquiátrico Forense, do Hospital São Pedro e renomados psiquiatras como Antônio Geraldo, presidente da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
“Estamos 30 anos atrasados no atendimento em Saúde mental da rede pública. É uma idiotice acabar com hospitais psiquiátricos. E os Caps, não existe estudo que mostre a eficiência”, observou Geraldo.
O diretor do Simers, Dr. Ricardo Nogueira, criticou o desrespeito com as pessoas com doença mental. “Na pandemia de crack, fecharam vagas nos hospitais. Na Covid, aumentaram casos de depressão e ansiedade. A assistência em Saúde mental foi destruída na área pública”, destacou.
Conforme a representante da Saúde estadual, o RS possui atualmente 1.472 leitos em hospitais gerais e 632 leitos em hospitais psiquiátricos, com 224 Caps, a maior rede do país. Mas no ano passado houve uma redução de 223 leitos do setor.
O deputado Thiago Duarte ressaltou que é preciso respeitar a pessoa com transtornos, terminar com o estigma de quem precisa de tratamento adequado e não é acolhido no sistema público.
“Vamos encaminhar um pedido de providências às secretarias municipal e estadual. Queremos saber quantos leitos psiquiátricos foram reduzidos e o tempo médio de espera para internação, entre outros questionamentos”, afirmou o parlamentar.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.