Por Redação O Sul | 26 de novembro de 2018
O deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL-SP) terá que retirar de suas redes sociais o vídeo em que acusa o vereador Gerson Florindo (PT-SP), de Ubatuba, de se vestir de eleitor de Jair Bolsonaro para atacar Fernando Haddad durante um encontro com bispos em Brasília.
O vídeo, publicando antes do segundo turno das eleições presidenciais, intitulado “A maracutaia do PT e do Haddad não funcionou”, um militante vestido com a camiseta de Bolsonaro ataca a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), durante um encontro do então candidato petista Fernando Haddad com bispos, em Brasília (DF). Gerson Florindo não é a pessoa que aparece nas imagens. Florindo se defendeu comprovando que no dia do ataque estava na cidade onde mora, em uma reunião sindical.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, a juíza Jane Franco Martins, da 40ª Vara Cível de São Paulo, deferiu o pedido da defesa do vereador Gerson Florindo e determinou que Frota retire o vídeo em até 48h depois de notificado, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil. O deputado federal eleito disse, por meio de seu advogado, que até esta segunda-feira ainda não havia recebido a notificação.
É a segunda derrota do ex-ator por difamação e disseminação de notícias falsas nas redes sociais. Em setembro, Gilberto Gil ganhou na Justiça ação por danos morais de Alexandre Frota. O ator foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização, por postagens ofensivas no Twitter.
A juíza Rafaella Ávila de Souza Tuffy Felippe, da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro justificou a decisão alegando que a postagem provocou “angústia e sofrimento para sua família”.
O problema surgiu quando Frota, em seu perfil, divulgou imagens de Gilberto Gil, junto com comentários de que o cantor e compositor não poderia mais se beneficiar livremente dos recursos da Lei Rouanet, destinada ao financiamento para promoção da cultura.
Polêmico
Em entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT, apresentado por Roberto Cabrini, veiculado na noite desta segunda-feira, Alexandre Frota, deputado federal eleito pelo PSL com mais de 155 mil votos, não se esquivou de perguntas mais duras.
Figura bastante polêmica, o ex-ator de filmes adultos comentou sobre a relação conturbada com o filho legítimo, problemas com a polícia – a quem acusa de extorsão – , e rebateu as diversas críticas e os rótulos de “racista”, “homofóbico” e “misógino”.
Frota falou sobre os novos desafios na política e se auto-intitulou como uma figura conservadora e de direita, afirmando, também, ser um “soldado de Bolsonaro”. Apesar de encarar essa nova jornada, ele garante que não mudará o seu estilo e permanecerá sem papas na língua.
