Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de fevereiro de 2018
O deputado Marlon Santos (PDT) assumiu nesta quinta-feira (1º) a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A sessão solene de eleição e posse dos membros da mesa diretora para o período 2018/2019 foi realizada no Plenário 20 de Setembro.
Além de Marlon Santos, foram eleitos para a Mesa Diretora 2018 os deputados Juliano Roso (PCdoB), como 1º vice-presidente; Nelsinho Metalúrgico (PT), 2º vice-presidente; Edson Brum (PMDB), 1º secretário: Frederico Antunes (PP), 2º secretário; Zilá Breitenbach (PSDB), 3º secretária; e Maurício Dziedricki (PTB), 4º secretário. Os suplentes de secretário são os deputados Gilmar Sossella (PDT), Liziane Bayer (PSB), Missionário Volnei (PR) e Edu Olivera (PSD).
Solenidade
A sessão solene de eleição e posse da Mesa Diretora 2018 foi aberta pelo então presidente da Casa, deputado Edegar Pretto (PT). Após a execução do Hino Nacional pelo músico Clênio Bibiano da Rosa, ocorreu a renúncia dos integrantes da Mesa Diretora 2017, para atender o acordo pluripartidário de que a presidência será ocupada pelas quatro maiores bancadas desta legislatura, uma a cada ano.
Após a renúncia, foi apresentada a composição da chapa única para a Mesa Diretora 2018, que foi eleita com 47 votos favoráveis e um contrário (RDI 9 2018). Os integrantes ficarão à frente do Parlamento gaúcho até 31 de janeiro de 2019.
Pronunciamentos
Em seu pronunciamento de despedida, Edegar Pretto falou da gestão compartilhada que garante o rodízio na presidência na Casa das quatro maiores bancadas. “Quero lembrar que este entendimento respeita a vontade popular, respeita a proporção partidária e enaltece a democracia do Parlamento gaúcho”, destacou. Lembrou que, por meio da gestão responsável da Casa, foi possível investir na recuperação do prédio que abriga a Assembleia gaúcha.
Em primeiro pronunciamento como chefe do Poder Legislativo, Marlon Santos começou cumprimentando a bancada do PDT, sua equipe e família, além dos integrantes de seu partido. Quanto aos colegas deputados, agradeceu os ensinamentos. “Continuarei na presidência sendo o mesmo, mas ainda mais humilde”, garantiu. Também disse que o trabalho de aproximação da AL com a imprensa, já iniciado nas gestões anteriores, será intensificado. “Nossa comunicação vai se dar e se estabelecer sempre de forma que vocês possam levar daqui todo o trabalho bonito que a Assembleia Legislativa faz e que, às vezes, chega de maneira confusa lá fora”, declarou.
Marlon ainda disse que o momento atual precisa ser de respeito institucional, lembrando que todos os deputados e autoridades dos demais Poderes têm a preocupação de melhorar o Estado e não são os responsáveis pela crise que o RS enfrenta, apenas a herdaram. “Acredito que é hora de um pouco mais de sensibilidade e de menos ideologismo”, opinou. Dirigindo-se ao governador em exercício, José Paulo Cairoli, presente na sessão, convidou-o para reunião antes de terça-feira, quando o projeto de adesão do Estado ao Regime de Recuperação do Estado, que não foi apreciado durante a convocação extraordinária desta semana, tranca pauta em plenário. “Às vezes, a gente pode discutir mais feio dentro de uma sala, mas se a gente começar a brigar em público fica muito chato para o Estado”, avaliou, referindo-se ao “clima de guerra” que instalou após a AL não votar nenhuma das propostas do Executivo durante a convocação extraordinária do governador José Ivo Sartori.
Após os pronunciamentos, houve uma bênção ecumênica realizada pelo padre Edson Pereira e pastor Paulo Gonçalves. A sessão foi encerrada com a execução do Hino Rio-grandense, interpretado pelo músico Clênio Bibiano da Rosa.
Biografia
Marlon Arator Santos da Rosa é natural de Cachoeira do Sul, na região central do Estado. Assume a presidência da Assembleia Legislativa aos 43 anos, com 18 anos de experiência política e no exercício do terceiro mandato de deputado estadual. Ele desempenhou cargos de vereador (2000), deputado estadual (2002) e prefeito (2004), retornando à Assembleia em 2010 e na reeleição de 2014, foi o terceiro mais votado dos 55 deputados. Exerceu a função de ouvidor-geral da Assembleia Legislativa, presidiu a Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle e foi o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias em 2013 e do Orçamento do Estado do Rio Grande do Sul em 2015. Há três anos responde pela Corregedoria da Assembleia.
Da experiência como gestor municipal, desenvolveu modelo administrativo que triplicou os recursos de Cachoeira do Sul, estimulou o setor de biocombustíveis e apoiou o hospital local para implantação de serviços de alta complexidade. Também defendeu a produção oficial e liberação pela Anvisa do uso gratuito da Fosfoetalonamina sintética para combate ao câncer.
Marlon Santos tornou-se conhecido ainda jovem em sua cidade natal e região devido à sua atividade como médium. É orientador espiritual e palestrante requisitado, com diversos livros publicados.