Após sete mandatos de deputado federal e duas vezes ministro em um País fraturado, radicalizado e indo para o saco, Osmar Terra (MDB-RS) ainda acredita na concórdia entre brasileiros. Ele alimenta a esperança de que logo aparecerá um brasileiro respeitado, capaz de articular com discrição e sabedoria e colocará os lados em uma mesa, negociando um acordo de paz entre os “judeus” e os adoradores do “Hamas” locais. E esse líder, acredita o deputado gaúcho, é o ex-presidente Michel Temer.
Sabedoria
Osmar Terra sustentou, em entrevista ao podcast do Diário do Poder, que só Temer tem sabedoria política para negociar um “plano de paz”.
Primeiro passo
Na opinião do deputado, Jair Bolsonaro deu o passo inicial, no discurso no comício gigante da Av. Paulista, ao pregar o desarme de espíritos.
Paciência
Temer foi uma escolha de Lula para compor chapa de Dilma Rousseff (PT), e sabe que ali o político paulista provou ser o “rei da paciência”.
Ódio não cessa
O problema na proposta de Terra é que Temer é ainda um dos políticos mais odiados no PT, por haver assumido após o impeachment de Dilma.
Ministros e senadores ocupam imóveis da Câmara
Tal como o Senado, a Câmara dos Deputados também banca moradia para ministros de Lula. André Fufuca, Alexandre Padilha, Celso Sabino, Juscelino Filho, Paulo Teixeira e Silvio Costa Filho, alçados ao posto de assessores de Lula, não renunciaram à regalia. Ao contrário do executivo que tem imóveis de sobra, 1.345 dos quais 288 estão vazios, a Câmara nem mesmo tem apartamento para todos os deputados: são 447 imóveis. Desse total, 48 estão fora de uso aguardando reforma.
Ajudinha de R$8 mil
Deputados que não ocupam apartamentos da Câmara têm R$4.253 de auxílio-moradia e pode usar mais R$4.148 do cotão como complemento.
É uma farra
Além dos ministros de Lula, 11 senadores também ocupam os espaçosos apartamentos da Câmara… dos Deputados.
Lá ou cá
Aécio Neves (PSDB-MG), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e José Medeiros (PL-MT) são os únicos deputados que moram em imóveis do Senado.
Obrigação é imposto
Está marcada para quarta-feira (24) a votação do retorno do DPVAT, seguro obrigatório que até 2019, antes de ser extinto pelo governo Bolsonaro, arrancava dos motoristas cerca de R$4 bilhões por ano.
Sem chance
Jorge Seif (PL-SC) garante que apesar da vontade do governo Lula (PT), a volta do DPVAT, seguro obrigatório cercado de denúncias, extinto no governo Bolsonaro, não vai ser aprovada no Senado.
Reincidente
Advogados de Glauber Braga (Psol-RJ) apresentaram na quinta (17) defesa em processo de agressão que o deputado responde na Câmara. Na véspera, Glauber repetiu o barraco: chutou cidadão pra fora da Casa.
Aulão
Não caiu bem na oposição a iniciativa de Silvio Almeida de ministrar aulas em curso do MST, “O ministro dos Direitos Humanos vai dar aula para terrorista”, criticou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).
Próxima página
Chega ao fim no próximo mês o mandato do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 7 de maio, a ministra Cármen Lúcia será referendada sucessora de Moraes.
Alô, CGU
Cidadão que quer fiscalizar o uso de imóveis do Executivo (Presidência, ministérios etc.) dá com os burros n’água. A transparência do governo federal não atualiza esses dados desde 2022, no governo passado.
Além do desrespeito
O deputado Luciano Zucco (PL-RS) mandou recado ao ministro Ricardo Lewandowski (Justiça): “o agronegócio não merece o desrespeito do governo federal em relação aos crimes que sendo cometidos pelo MST”.
Denúncia e prova
“STF mente descaradamente”, afirmou o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) após a Corte dizer que documentos divulgados nos Estados Unidos sobre despachos são meros ofícios, “provo com meu caso”.
Pensando bem…
…se invasão a fazendas é “ocupação”. Invasão a prédios públicos é…
PODER SEM PUDOR
Rapadura salgada
Manoel Gomes da Silva, o Gominho, trocou o MDB pela Arena na eleição municipal de 1976, em Princesa Isabel (cidade histórica da Paraíba), e foi candidato a vice na chapa de Sebastião Feliciano dos Santos, o Batinho, mediante a promessa de assumir no meio do mandato. Passaram-se quatro anos e o compromisso não foi cumprido. Na eleição seguinte, já rompido com a Arena e de volta ao MDB, Gominho tentava se justificar no palanque: “Meus amigos, mais vale uma rapadura salgada do que uma promessa doce!”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos