O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) afirmou que conhecia desde a juventude Francisco Wanderley Luiz, o homem que morreu durante as explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo Goetten, “Tiu França”, como era conhecido, esteve em seu gabinete por três vezes. Nas primeiras visitas, no ano passado, o deputado disse que estranhou a mudança no comportamento do homem.
“Me chamou atenção porque ele falava muito da separação da mulher dele. Eu falei para o pessoal do gabinete: ‘Esse França não é o França que eu conhecia’. Ele me pareceu abalado emocionalmente, com a saúde emocional abalada. Eu não tinha essa intimidade toda para ele conversar tanto sobre a separação. Então estranhei essa atitude dele”, afirmou o deputado.
“Eu conheci ele. Um cidadão pacífico, ordeiro. Nos abalou bastante esse ato que ele cometeu contra ele e contra a sociedade, no sentido de que poderia ter atingido outras pessoas. Foi lamentável”, disse.
O parlamentar disse que a família está abalada e está prestando solidariedade.
“A família está abalada e surpresa com o que aconteceu. Jamais imaginavam acontecer algo assim. Pedi para amigos em comum, em solidariedade à família, visitar eles e ver como que a gente pode ajudar. Estou muito preocupado com o ser humano que perdeu a vida. Um conterrâneo da nossa cidade”, acrescentou.
A última visita que França fez ao gabinete do deputado aconteceu em meados de agosto deste ano, mas o parlamentar não se encontrava no local porque estava em campanha eleitoral em seu Estado. O homem, então, foi atendido pelos assessores do parlamentar. O deputado diz que conhece França desde a infância, quando era comerciante em Rio do Sul (SC).
“Eu conhecia ele porque eu sou do ramo de alimentação também. Eu tenho lanchonete lá em Rio do Sul. E moro lá desde os 13 anos. E ele e a família dele, desde de a época das discotecas, baladas, atuam na área de eventos. E ele era muito visionário. Ele teve grandes casas de eventos lá. Empresária de eventos”, afirma.
Goetten ainda disse que sua amizade com França é antiga e que um frequentava o ambiente profissional do outro.
“E ele era cliente da lanchonete e eu esporadicamente era cliente das casas dele. Nesse sentido, a gente tinha um convívio. E tinha uma admiração com ele, pelo tino empreendedor dele. A família dele é grande, a família Luiz é uma família ordeira, pacífica. Acho que o próprio França nunca matou um rato”, frisou.