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Deputado quer que a Polícia Federal investigue a queda de Lula no Palácio da Alvorada

Evair Melo (PP-ES) vê indícios de que "a comunicação oficial a respeito do acidente pode ter sido manipulada". (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)

O deputado Evair Melo (PP-ES) afirma que falta “clareza” nas versões apresentadas sobre a queda do presidente Lula no Palácio do Alvorada, ocorrida no último fim de semana. O parlamentar desconfia de uma tentativa de “ocultação dos fatos”. Ele pediu à Câmara dos Deputados uma indicação à direção-geral da Polícia Federal (PF) para a instauração de uma investigação.

Evair argumenta que existem “indícios de que a comunicação oficial a respeito do acidente pode ter sido manipulada”. Segundo o parlamentar, diferentes versões “foram apresentadas à imprensa. Isso levanta suspeitas de possíveis tentativas de ocultação dos fatos, o que exige investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias e assegurar que não houve má conduta”, declarou.

E completou: “Este incidente teria ocorrido logo após o presidente retornar de compromissos oficiais em São Paulo. A primeira versão do governo informou que o presidente escorregou, porém, surgiram relatos divergentes sobre o ocorrido, incluindo a versão de que um dos pés do banco teria quebrado, levando à queda”.

O deputado bolsonarista também pede que a PF investigue o emprego de dinheiro público no atendimento do petista.

“É relevante apurar o uso de recursos públicos, como o deslocamento de emergência e os tratamentos médicos prestados ao Presidente. Caso tenha havido algum encobrimento de fatos ou distorção de informações de interesse público, será necessário responsabilizar os envolvidos e garantir que todas as ações relacionadas ao atendimento emergencial sejam conduzidas de maneira lícita e transparente“.

Trauma na cabeça

O médico responsável pelo atendimento do presidente, Roberto Kalil, afirmou que os primeiros exames apontaram para um “mínimo ponto de hematoma” no cérebro de Lula após a queda. “O que ele teve foi uma contusão na região occipital, atrás da cabeça, foi um forte trauma nessa região, que levou a uma chamada contusão do cérebro, um mínimo ponto de hematoma. Pouco provável que esse hematoma evolua”, declarou o médico ao jornal O Globo.

Exames

Na última terça (22), Lula fez uma nova ressonância magnética. O presidente chegou ao Hospital Sírio-Libanês pouco depois de meio-dia e deixou o local por volta de 12h45m.

Ele fará uma nova avaliação em três dias e está “apto” a trabalhar, segundo os médicos.

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