Um deputado ucraniano detonou pelo menos duas granadas dentro de uma sala lotada em um prédio do governo local, em Zakarpattia, nessa sexta-feira (15), segundo a Polícia Nacional da Ucrânia. Segundo o jornal local Kyiv Post, pelo menos uma pessoa morreu e 26 ficaram feridas, sendo que seis estão em estado grave. Não está claro se o oficial que detonou as granadas foi ferido ou morto.
O incidente está sendo investigado como um possível ataque terrorista, disse a polícia.
A polícia divulgou um vídeo que mostra um homem entrando em uma sala lotada, que identificou como um prédio do governo local na vila de Keretsky, no Oblast de Zakarpattia
Ele então puxa duas granadas, remove seus pinos e as joga no chão. Seguem-se explosões e gritos, e a tela se enche de fumaça.
A polícia não identificou o suposto autor do atentado, mas o Ukrainska Pravda e outros meios de comunicação alegaram que se tratava de Serhii Batryn, membro do conselho da aldeia do partido Servo do Povo.
O meio de comunicação regional Zakarpattia24 compartilhou um vídeo no qual Batryn reclama de outras autoridades locais. Zakarpattia24 também disse que Batryn já havia brigado com colegas sobre um aumento salarial durante a guerra para o chefe do conselho da aldeia.
Antes de detonar as granadas, Batryn supostamente discutiu com seus colegas de trabalho sobre o assunto, que se recusaram a ficar do seu lado. Após a disputa, Zakarpattia24 disse que saiu e voltou com as granadas.
Campanha militar
Em outra frente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou na quinta-feira que a paz com a Ucrânia só será possível quando Moscou alcançar seus objetivos de desmilitarizar e “desnazificar” o país vizinho – dois aspectos da ofensiva que o Kremlin reitera desde o início da campanha militar, em fevereiro de 2022.
“Haverá paz quando alcançarmos nossos objetivos. Eles não mudaram. Vou recordá-los sobre o que falamos: a desnazificação e a desmilitarização da Ucrânia e o status de neutralidade”, afirmou Putin durante sua entrevista coletiva anual em Moscou.
Por “desnazificação”, Putin se refere à sua acusação de que o atual governo ucraniano tem a participação de elementos neonazistas e, por “desmilitarização” e “neutralidade”, à reivindicação antiga de que Kiev não entre na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Quase dois anos após lançar sua ofensiva contra Kiev, o presidente russo assegurou que melhoram a cada dia as posições do Exército russo no país vizinho – em províncias que a Rússia já considera parte do próprio território.
“Em quase toda linha de frente, nossas Forças Armadas melhoram suas posições. Quase todas estão em fase ativa”, detalhou o presidente, afirmando que haveria 617 mil soldados russos combatendo no país vizinho. As informações são do jornal O Globo.