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Deputados aprovam “bolsa-arma” para mulheres vítimas de violência em Goiás

(Foto: Marcos Santos/USP)

Deputados aprovaram em segunda votação, nessa terça-feira (13), em Goiânia (GO), o projeto conhecido como “bolsa-arma”, que institui uma bolsa para a aquisição de arma de fogo, com uso permitido, para mulheres vítimas de violência doméstica ou ocorrida em razão de ser mulher. Para entrar em vigor, o auxílio precisa ser sancionado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB).

O projeto de lei foi apresentado inicialmente em maio de 2020, pelo deputado Major Araújo (PL). A matéria foi aprovada em primeira fase no último dia 8 e em segunda nessa terça. O parlamentar classificou o caso como uma “medida extrema” necessária para reforçar o combate a violência contra a mulher.

“É uma medida extrema. Seria desnecessário se as medidas adotadas até hoje tivessem eficácia.[Deve ser adotada] Para que ela tenha a oportunidade de se defender, em legitima defesa”, disse.

O auxílio é de R$ 2 mil e, segundo o documento, deve ser pago em uma única parcela. O projeto de lei diz que mulheres que foram vítimas de violência doméstica ou violência ocorrida “em razão de ser mulher” podem requerer o auxílio a partir do indiciamento do autor do crime. No entanto, o deputado afirmou que, caso o projeto seja sancionado e entre em vigor, as vítimas poderão solicitar o auxílio desde o momento que ocorrer a prisão em flagrante do suspeito.

Para solicitarem o auxílio, as vítimas precisam preencher determinados requisitos:

— Ter mais de 21 anos de idade;
— Residir em Goiás há pelo menos 3 anos (e apresentar documento que comprove);
— Não ter passagem policial pela prática de crimes;
— Comprovar saúde psiquiátrica e psicológica;
— Ter preparo para manusear arma e habilitação em tiro, ministrada gratuitamente pelo estado de Goiás;
— Não ter outro registro de arma de fogo.

Como justificativa do projeto, o parlamentar escreveu que “a quantidade de crimes perpetrados contra a mulher clama por medidas legais que contribua de fato para a minimização desses crimes”.

“[O projeto busca] somar aos mecanismos já existentes, proporcionando à mulher que está em iminente risco de sofrer violência”, escreveu.

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