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Deputados aprovam projeto de lei que proíbe uso de pistolas de água no carnaval e festas de rua na Bahia

Medida foi apresentada após denúncias de violência contra a mulher no carnaval de Salvador. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os deputados da Bahia aprovaram, nessa quarta-feira (24), um Projeto de Lei (PL) que proíbe o uso de pistolas de água durante o carnaval e outras festas de rua no Estado. A medida foi apresentada após denúncias de violência contra a mulher no carnaval de Salvador e para se tornar lei, o projeto depende da aprovação do governador Jerônimo Rodrigues.

A medida foi apresentada a partir de denúncias de casos de violência contra a mulher no carnaval 2023, em Salvador.

Em um dos casos foi de uma mulher agredida por foliões do bloco “As Muquiranas”, que tradicionalmente desfilam com pistolas de água nas mãos e usam fantasias que fazem referência às mulheres. A discussão, que terminou em violência física, começou por causa das pistolas.

O projeto PL 24.746/2023 é de autoria da deputada Olívia Santana (PC do B) e foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Violência contra a mulher

No dia 21 de fevereiro uma mulher foi agredida por foliões do bloco “As Muquiranas”, no circuito do Campo Grande, na capital baiana. As agressões foram filmadas.

O vídeo mostra que a mulher foi atingida por jatos de água e empurrada várias vezes pelos homens. Ela ficou encurralada em uma grande roda criada pelos foliões, até a chegada de agentes da Guarda Civil Municipal.

Após a finalização da festa, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) entrou com pedido à Polícia Civil para investigar o grupo de foliões do bloco que agrediu a mulher. O órgão também instaurou um procedimento próprio para apurar os fatos.

De acordo com a direção do bloco, os foliões que respondem a processos relacionados à Lei Maria da Penha não serão aceitos nos anos seguintes.

Outra medida adotada pelo MP-BA foi a numeração das fantasias dos integrantes do bloco. Dessa forma, é mais fácil identificar a identidade dos possíveis suspeitos em casos de agressão e importunação sexual.

Em anos anteriores, a direção do bloco As Muquiranas já havia assinado Termos de Ajuste de Conduta (TAC), por causa do comportamento abusivo e assediador dos foliões, especialmente com o uso de pistolas de água.

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