Segunda-feira, 03 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2025
Hugo Motta, agora presidente da Câmara dos Deputados, participou de reuniões da FPA, colegiado do qual é integrante.
Foto: Divulgação/FPAA Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) comemorou o resultado das eleições para presidente e demais cargos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. E indicou esperar que as pautas que considera prioritárias para o setor avancem com a Casa sob nova direção.
A bancada ruralista colocou quatro de seus integrantes na gestão 2025/26: além do próprio presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente do colegiado, Sérgio Souza (MDB-PR) será o 4º secretário. Eumar Nascimento (União Brasil-BA) e Lula da Fonte (PP-PE) ocuparão, respectivamente, a 2ª vice-presidência e a 2ª Secretaria.
A eleição foi definida no último sábado (1º). Motta, que recebeu 444 votos dos deputados, já sabe o que a bancada ruralista quer. Recebeu ainda em dezembro de 2024 a lista de projetos prioritários quando participou de reunião semanal do grupo, em Brasília.
A pauta está ligada a temas como segurança fundiária, debate motivado por ações de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST); questões ligadas à demarcação de terras indígenas; além de assuntos mais ligados à economia, como crédito e reforço da subvenção ao seguro para a atividade agropecuária.
“Confiamos que o deputado Hugo irá dar continuidade à atenção que o setor merece”, disse o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), de acordo com o divulgado pela bancada.
Em seu discurso da vitória, Motta defendeu uma agenda voltada à responsabilidade fiscal, segurança, educação e empregos. E destacou que “não há democracia sem caos social, nem estabilidade com caos econômico”.
Senado
No Senado, a Frente Parlamentar Agropecuária afirmou esperar diálogo e união do novo presidente, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). O senador foi eleito com uma ampla base de apoio, recebendo votos de 73 dos 81 parlamentares. Ele volta à cadeira que ocupou entre 2019 e 2021. Ele também presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.
A bancada ruralista espera, particularmente, o avanço do debate sobre as regras de licenciamento ambiental. Relatora do projeto sobre o assunto, a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, defende que a “modernização dessas normas” é fundamental para destravar investimentos em infraestrutura e logística no Brasil. São obras que dependem de licenças para avançar.
“Conheço muito o senador Davi e sei que seu estilo é completamente diferente do de seu antecessor. Tenho certeza de que ele facilitará o andamento dos trabalhos nesta Casa, promovendo um relacionamento produtivo entre governo e oposição. Precisamos de agilidade na votação de projetos fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou a senadora, de acordo com nota da FPA.
Tereza Cristina tem a expectativa de que o Senado aprove o projeto de licenciamento ambiental ainda neste primeiro semestre. Em sua avaliação, o resultado das eleições nas duas Casas do fortalece a participação da Frente Parlamentar Agropecuária no Congresso Nacional.
(AG)