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Brasil Deputados e aliados acreditam que o afastamento minou as chances de o governador do Rio resistir ao processo de impeachment

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Parlamentares avaliam que cenário é pessimista para Witzel. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O afastamento por 180 dias do governador Wilson Witzel, decidido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), deve minar de vez qualquer chance de o chefe do executivo estadual do Rio resistir ao processo de impeachment que foi aberto na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), de acordo com deputados estaduais ouvidos pelo jornal O Globo, incluindo aliados do próprio Witzel na Casa. Na sexta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o rito, que estava parado desde julho, quando o presidente do STF, Dias Toffoli, determinou mudanças na Comissão Especial, deve continuar correndo normalmente.

Uma das táticas de defesa do governador era judicializar o processo para ganhar tempo e negociar com os deputados, mas a estratégia deve afundar após o afastamento, já que o já desgastado diálogo com os parlamentares será ainda mais difícil. Autor do pedido de impeachment, cujo processo foi liberado pelo ministro Alexandre de Moraes, o deputado estadual Luiz Paulo (PSDB) afirma que em três sessões, o impeachment estará pronto para ser votado no plenário da Assembleia.

“Nas minhas contas, faltam três sessões. Se antes a tendência era de 90% pelo impedimento, agora é de 99,9%”, afirmou.

O parlamentar afirmou ainda que o conceito do presidente da Casa, André Ceciliano (PT), no parlamento é alto, e que usar critérios políticos para distribuir verbas não é crime.

“As informações sobre a Alerj precisam ser aprofundadas. Já contra o governador, só se agravam”, concluiu.

Ceciliano foi alvo de mandados de busca e apreensão. Ele e o vice de Witzel, atual governador em exercício, Cláudio Castro são apontados pela Procuradoria-Geral da República como “membros de uma organização criminosa” que desviou recursos do Legislativo.

E é sobre as provas colhidas no Palácio Tiradentes que se debruçam os aliados de Witzel na Alerj. Ainda mais pessimistas com o cenário atual, eles aguardam para avaliar como esses documentos podem impactar no atual tabuleiro do impeachment. Uma possível reviravolta na investigação pode ser uma última esperança do governador para conseguir reverter o processo na Assembleia Legislativa do Rio. Em sua delação premiada, o ex-secretário estadual de Saúde afirmou que gravou conversas com “vários políticos”.

Entre os parlamentares a situação de Witzel é vista como muito frágil. Após mais de dois meses desde a instauração do processo por 69 a 0, os bastidores indicavam até antes da operação no máximo 10 dos 70 deputados que poderiam defender Witzel na votação do plenário. Um deputado que já foi da base do governo considera quase irreversível que o processo na Alerj não culmine no afastamento de Witzel.

“A imagem do governo já estava ruim. Ele e o primeiro escalão sempre tiveram problemas com a Casa e agora seria muito difícil reverter algo. O Rio precisa olhar para frente”, afirmou ao jornal O Globo.

Procurada para se manifestar sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, a Alerj afirmou que ainda aguarda ser notificada da decisão para saber quando poderá retomar os trabalhos da Comissão de Impeachment.

Assim que for decretada a volta, o governador Wilson Witzel têm três sessões para apresentar sua defesa. O relator da Comissão, deputado Rodrigo Bacelar (solidariedade) terá outras cinco sessões para apresentar seu parecer sobre a denuncia, que será votada pelos 25 membros da Comissão. Após a apresentação do relatório, com a aprovação ou não da Comissão, os 70 deputados decidirão no plenário o afastamento de Witzel por seis meses. A tendência é que esta votação ocorra ainda em setembro. Procurada, a defesa de Witzel ainda não se pronunciou.

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