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Geral Deputados querem “imposto do pecado” para carros elétricos

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O grupo de trabalho foi criado na Câmara dos Deputados para analisar a proposta de regulamentação da reforma tributária. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O grupo de trabalho criado na Câmara dos Deputados para analisar a proposta de regulamentação da reforma tributária apresentou na quinta-feira (4) um parecer que propõe ampliar a lista de produtos que sofrerão com a tributação do chamado “imposto do pecado”.

O relatório do colegiado prevê cobrar o Imposto Seletivo sobre apostas e carros elétricos, além dos bens já listados na proposta de regulamentação do novo sistema tributário enviada pelo governo em abril.

Os caminhões seguem fora da lista, ou seja, não terão o imposto seletivo na composição dos preços.

A reforma tributária substitui impostos sobre o consumo hoje existentes por dois impostos únicos (um estadual e outro federal). Como a alíquota desses impostos vai ser a mesma para todos os produtos, alguns itens vão pagar menos impostos que hoje.

No caso de produtos que fazem mal à saúde, para que não haja um incentivo ao consumo, a reforma cria o imposto seletivo.

Como se trata de um grupo de trabalho, as sugestões feitas nessa etapa ainda não são definitivas.

O texto apresentado pelo grupo de trabalho deverá seguir diretamente para a análise do plenário da Câmara, a partir de um requerimento de urgência.

A proposta ainda poderá sofrer alterações durante a votação, que deve ocorrer já na próxima semana, segundo o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Para ser aprovado, o texto precisará de, no mínimo, 257 votos favoráveis.

Após a análise da Câmara, o texto ainda terá de ser submetido à votação do Senado, onde precisará de ao menos 41 votos a favor. Somente depois disso, poderá ser enviado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apostas

No caso das apostas, a cobrança valerá para as realizadas nas modalidades físicas e online, como as “bets” e os chamados fantasy games.

Um dos membros do grupo, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), afirmou que a mudança é uma forma de evitar injustiças.

“Entendemos que os jogos de azar são prejudiciais à saúde. Então, eles teriam que entrar na lista de produtos a serem tributados pelo Imposto Seletivo. Assim como também incluímos os carros elétricos, que não veio de lá do governo. Entendemos que o carro elétrico também que, do berço ao túmulo, também polui. Principalmente no túmulo”, declarou.

O Imposto Seletivo — que recebeu o apelido de “imposto do pecado” — foi criado pela emenda constitucional que reformulou a tributação sobre consumo.

O tributo é aplicado sobre produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. Na prática, essa categoria terá uma alíquota maior do que a padrão — estimada em cerca de 26%.

O objetivo é desestimular, por meio da cobrança extra, o consumo desses tipos de produto.

A proposta discutida na Câmara regula justamente o funcionamento e as aplicações dos diversos mecanismos introduzidos pela reforma tributária.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê levar o texto à votação do plenário da Casa já na próxima semana — antes do início do recesso parlamentar, programado para 18 de julho.

O “imposto do pecado” foi um dos principais pontos discutidos pelo grupo de trabalho.

A inclusão de novos bens servirá, segundo deputados, para manter a carga tributária equilibrada e possibilitar, por exemplo, perdas de arrecadação com mudanças na proposta original do governo – como a ampliação da cesta básica isenta de impostos.

O parecer do grupo de trabalho da Câmara mantém a proposta original do governo de cobrar o Imposto Seletivo sobre: cigarros; bebidas alcoólicas; bebidas açucaradas; embarcações, aeronaves e veículos poluentes; e extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural.

Somam-se à lista: apostas e carros elétricos.

O colegiado de deputados excluiu do imposto seletivo os caminhões. As informações são do portal de notícias G1.

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https://www.osul.com.br/deputados-querem-imposto-do-pecado-para-carros-eletricos/ Deputados querem “imposto do pecado” para carros elétricos 2024-07-05
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