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Brasil Derrotados nas eleições, políticos ganham cargos e até ocupam antigas cadeiras em Brasília

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A ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) não conseguiu ser reeleita e agora dá expediente no gabinete da deputada Perpétua Almeida (AC), sua correligionária. (Foto: Agência Brasil)

Na semana passada, o ex-deputado Amauri Teixeira (PT-BA) estava sentando na primeira fila, reservada aos parlamentares, na Comissão de Minas e Energia da Câmara. Derrotado em 2014, ele desistiu de se candidatar em 2018, mas não desapegou da vida nos corredores do Congresso. Teixeira foi nomeado para um cargo de confiança no gabinete do quarto suplente da Mesa Diretora da Câmara, Assis Carvalho (PT-PI).

Em Brasília, abnegar do poder é um exercício, tudo indica, dificílimo. Neste ano, vários “fantasmas do passado” – como são chamados no Congresso os ex-poderosos que acumulam derrotas nas urnas – encontraram abrigo em gabinetes da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes.

Ex-líder do PR na Câmara, Aelton Freitas (MG) é agora funcionário do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), seu ex-colega na Casa. O ex-deputado faz parte de um grupo de cinco políticos tradicionais do Triângulo Mineiro, que, na renovação inédita desde a redemocratização, foram derrotados nas urnas em sua base eleitoral. Freitas foi nomeado, no fim de março, para um cargo cujo salário é de R$ 8,5 mil, com dispensa de bater o ponto.

Ex-vice governador do Distrito Federal, Tadeu Filipelli (MDB) não conseguiu repetir o desempenho nas urnas de outros anos – como 2006, quando foi o deputado federal mais votado no DF – e foi derrotado no ano passado. Investigado e já preso temporariamente em uma fase da Lava-Jato, o emedebista não ficou sem emprego. Foi nomeado funcionário da liderança do partido, com salário de R$ 13,9 mil.

A ex-governadora do Distrito Federal Maria de Lourdes Abadia (PSB) também não conquistou votos suficientes para se eleger deputada federal. Ela também perdeu o emprego como secretária de Rodrigo Rollemberg (PSB), que não conseguiu a reeleição para governador do Distrito Federal. Maria de Lourdes foi nomeada, na semana passada, para cargo na quarta suplência da Mesa do Senado, ocupada por sua correligionária Leila do Vôlei (DF). A ex-governadora é agora auxiliar parlamentar do pleno, com salário líquido de R$ 7,9 mil, já considerando o auxílio-alimentação de R$ 982,00.

Já Rollemberg é funcionário de carreira do Senado e voltou para o posto, mas com um cargo de confiança que aumentou o salário que receberia normalmente. Pela função, na liderança de seu partido no Senado, ganha R$ 5.762,32 a mais. Com descontos, seu salário do último mês foi de R$ 22.621,50, mais do que os R$ 18,9 mil que recebia como governador. Outro caso é o da ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que não conseguiu ser reeleita e agora dá expediente no gabinete da deputada Perpétua Almeida (AC), sua correligionária. Seu salário, de secretária parlamentar, é de R$ 11,7 mil líquidos.

Reforço na articulação

Já na transição, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou que escalaria um time de ex-deputados para ajudá-lo na articulação do governo com o Congresso. Um time de derrotados. No guarda-chuva da Casa Civil está Carlos Manato (PSL-ES), que, com salário bruto de R$ 16,9 mil, chefia a secretaria que cuida do relacionamento com a Câmara. Na mesma pasta e com o mesmo salário, estão os ex-deputados Victório Galli (PSL-MT), Marcelo Delaroli (PR-RJ) e Abelardo Lupion (DEM-PR). O último não disputou a eleição de 2018. Para o relacionamento com o Senado, foi nomeado o ex-senador Paulo Bauer (PSDB-SC), com o mesmo salário.

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