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Economia Desaceleração da economia brasileira é temporária, segundo ministro da Fazenda

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Levy (C) explicou, em Londres, que o Brasil passa por um período de ajuste financeiro (Foto: José Cruz/ABR )

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira esperar que a desaceleração econômica no Brasil seja temporária, e que a disciplina fiscal continua sendo um pilar central da política financeira do País, conforme a alta dos preços das commodities enfraquece. Ao falar para investidores em Londres, na Inglaterra, o dirigente observou que a disciplina fiscal é necessária para proteger a econômia brasileira contra os efeitos inflacionários da depreciação do real, algo sobre o qual o BC (Banco Central) continuará vigilante.
Levy explicou que o Brasil está passando por um período de ajuste econômico. “Nossa prioridade tem sido garantir a sustentabilidade das finanças públicas como a base de um novo ciclo de crescimento”, enfatizou em palestra na Bolsa de Valores de Londres. “Esperamos que a atual desaceleração de nossa economia seja por pouco tempo. Estou confiante que até o próximo ano começaremos a ver resultados”, completou.
Analistas consultados na pesquisa Focus do BC projetaram contração do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,20% em 2015, o que seria o pior resultado em 25 anos e a primeira contração desde 2009. A expectativa quanto à inflação é de 8,29%, bem acima do teto da meta do governo, fixado em 4,5% com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Em abril, o FMI (Fundo Monetário Internacional) estimou que a economia brasileira encolheria 1% neste ano, e avaliou na última terça-feira que o objetivo do BC de levar a inflação ao centro da meta, em 2016, exigirá um aperto adicional na política monetária de 2015. Levy reiterou que o governo buscará o superávit primário, algo que o FMI comunicou ser crucial para o País reconquistar a confiança dos investidores.
O ministro acrescentou que a economia brasileira é flexível o suficiente para garantir que o atual ajuste, como outros na história recente, seja relativamente curto. A confiança empresarial deverá melhorar nos próximos meses, assegurou. Levy afirmou ainda que o governo busca levar os gastos discricionários de volta aos níveis de 2013. Ele ainda destacou que o Brasil precisará reduzir os encargos com a dívida devido ao peso sobre o crescimento, pedindo que o BC permaneça atento aos movimentos da inflação.

Ajuste fiscal
No ano passado, o governo gastou bem mais do que arrecadou. Fechou no vermelho, criando o maior rombo nas contas públicas da história. Não sobrou dinheiro nem para pagar os juros da dívida, o chamado superávit primário, uma segurança de que o País não dará calote.
Para tentar salvar as finanças do Executivo neste ano, a presidenta Dilma Rousseff convocou uma nova equipe econômica. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, prometeu arrumar as contas públicas até o fim de 2015. Criou então a ambiciosa meta de um superávit primário de 1,2% do PIB, o equivalente a 66,3 bilhões de reais para todo o setor público (Estados, municípios e estatais).
Mas para isso, Levy avisou que seriam feitos vários sacrifícios. O ajuste fiscal chegou a ser chamado de saco de maldades, porém o ministro deixou claro que esse seria o único caminho possível para retomar o crescimento e evitar uma situação pior. Na prática, o aperto consistirá em duas ações: cortar despesas do governo e elevar a arrecadação nacional.

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https://www.osul.com.br/desaceleracao-da-economia-brasileira-e-temporaria-segundo-ministro-da-fazenda/ Desaceleração da economia brasileira é temporária, segundo ministro da Fazenda 2015-05-14
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