Autoridades de Educação pública de todo o País preparam o terreno, com atraso, para a volta às aulas presenciais neste segundo semestre. Especialistas estimam em 4 anos o período de atraso no aprendizado das crianças e adolescentes sem aulas na pandemia. Apesar da inclusão dos professores nos grupos de vacinação, sindicalistas atrasados ainda ameaçam greve contra a volta às aulas em São Paulo e no Distrito Federal, cujos governadores, após a vacinação, ordenaram a retomada.
Passando vergonha
O ministro Milton Ribeiro (Educação) disse haver passado vergonha, em evento interacional: só o Brasil mantém escolas fechadas há 450 dias.
Coisa de país rico
Todas as tentativas de volta às aulas no setor público esbarraram na pressão dos sindicatos. O setor privado não pôde se dar a esse luxo.
Desigualdade maior
A escola privada voltou há dez meses, mas escola pública lavou as mãos para alunos pobres que precisam de educação para melhorar de vida.
Comissão técnica
Os ministros da Educação e da Saúde anunciaram a edição de uma portaria conjunta definindo o protocolo de segurança para a retomada.
Agora Gilmar Mendes será o decano do Supremo
Com a aposentadoria compulsória do ministro Marco Aurélio, ao completar 75 anos de idade nesta segunda-feira (12), o ministro Gilmar Mendes passa à condição de decano do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele permanecerá nessa condição de ministro mais antigo da principal corte de Justiça do País até o dia 30 de dezembro de 2030, ao atingir a idade-limite quando terá, obrigatoriamente, de pendurar a toga.
Decano aos 65
Ministro considerado jovem, com quase dez anos pela frente no STF, Gilmar assume o decanato aos 65 anos de idade.
Grande liderança
Já há alguns anos Gilmar exerce grande liderança no STF, em razão de sua experiência, do conhecimento jurídico e da perspicácia política.
Ministro há 19 anos
Gilmar Mendes foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e tomou posse no STF no dia 20 de junho de 2002.
Opção pelo atraso
A impressão do voto já era defendida às vésperas das eleições de 2018 pelo professor Mário Gazziro, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Para ele, resistir à implantação do voto impresso deixa o país parado no tempo.
Temperança aristotélica
O ex-deputado federal Ney Lopes, arguto analista de política do Diário do Poder, gostou das declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sexta (9). “Ele exercitou a temperança aristotélica”, definiu.
Falta temperança
Na classe política, poucos conhecem ou exercitam a máxima de Aristóteles, que apontava a temperança como a maior virtude do homem público. Mentes obtusas fazem da política o exercício da beligerância.
Na agenda
A CPI da Pandemia volta na terça (13) para ouvir Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa, sobre o contrato da Covaxin. Na quarta (14) será a vez do reverendo e dono de ONG Amilton Gomes de Paula.
Não é hora
Senadores reclamam do senador Otto Alencar (PSD-BA), que pode ter frequentado a CPI da Pandemia mesmo com sintomas de covid. Antes, deveriam torcer pela recuperação do colega que testou positivo.
Folga de meio de ano
Após o “esforço concentrado” no Senado, começa a última semana antes do recesso parlamentar. O prazo da CPI da Pandemia foi suspenso e só acaba após as férias, com final remarcado para o dia 7 de agosto.
Média mundial
Na última semana, a média móvel de mortes pela Covid-19 em todo o mundo chegou a 7,7 mil. É o menor nível desde o início de novembro de 2020. A média de novos casos diários é de cerca de 415 mil.
Todos espionados
Completa 8 anos o vazamento de documentos que compravam a espionagem de agências de inteligência dos EUA até contra autoridades brasileiras, incluindo a ex-presidente Dilma, no caso Edward Snowden.
Pensando bem…
…na CPI, a polêmica foi rapidamente de “bilhões públicos desviados” para “documento mal preenchido”.
PODER SEM PUDOR
Protocolo janista
Informado de que o presidente Juscelino Kubitschek estaria em evento da Fiesp, em São Paulo, o governador Jânio Quadros disse que o hospedaria com prazer. “Mas o presidente prefere ficar num hotel da cidade”, disse um assessor do Planalto. Nesse caso, ponderou Jânio, ele não precisaria tomar conhecimento da ilustre visita: “Quem fica em hotel deve ser recebido pelo porteiro.” JK acabaria hóspede de Jânio no Palácio dos Campos Elísios, residência oficial.
(Com informações de André Brito e Tiago Vasconcelos)