Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Notícias Desafios da prematuridade: decisões tomadas durante a internação neonatal são cruciais para a saúde e qualidade de vida da criança

Compartilhe esta notícia:

Procedimentos realizados logo nas primeiras horas de vida merecem atenção pois apesar de tratarem problemas causados pela prematuridade, podem desencadear problemas no futuro. (Foto: Divulgação)

Quando uma criança nasce antes das 37 semanas de gestação, a medicina a enquadra como prematura e, a partir desse momento, são necessários avaliações e cuidados que variam de acordo com a idade gestacional do bebê.

A família também necessita de uma atenção especial pois, independentemente do quão prematura a criança é, o medo e insegurança dos pais em relação aos próximos passos é imenso. Mas atenção.  Justamente pela fragilidade da situação, é preciso que tanto médicos quanto familiares tenham em mente que as decisões tomadas na UTI Neonatal podem influenciar o futuro da criança por toda a vida.

De acordo com a literatura médica, é utilizada uma classificação para identificar o grau de prematuridade da criança, que vai de prematuros extremos (com menos de 28 semanas de gestação) aos prematuros tardios (nascidos entre a 34ª e a 37ª semana).

Além da delicadeza, a maioria deles têm em comum problemas respiratórios, já que o pulmão não está adequadamente desenvolvido, pois costuma ser o último órgão a se formar. “O pulmão imaturo tem déficit de alvéolos e em sua formação vascular, por isso não consegue fazer a transição adequada do útero para o mundo, sente dificuldades de fazer trocas gasosas e falta surfactante para a respiração”, reforçou a neonatologista e professora da Universidade Federal de Pernambuco, doutora Jucille Meneses.

“Principalmente em prematuros extremos e muito prematuros a maturidade incompleta dos pulmões é a causa mais importante de admissão na UTI neonatal”, esclareceu Jucille. Essas crianças podem apresentar apneia, SDR [síndrome de dificuldade respiratória] e até taquipneia transitória (pulmão úmido), por isso precisam passar por intervenções durante o período na unidade de terapia intensiva que auxiliam na sobrevivência.

Procedimentos que salvam mais do que a vida

Diversos países na Europa têm realizado técnicas minimamente invasivas para a administração de surfactantes (LISA/MIST). Essas têm como principal característica a não intubação do paciente, eliminando, portanto, as complicações que os outros métodos como o INSURE, que necessita da intubação, podem causar.

“Não basta mantê-los vivos, temos que manter sua qualidade de vida. Estudos mostram que a técnica LISA pode eliminar a necessidade de intubação para a distribuição de surfactantes e reduzir a ventilação mecânica, com suas morbidades relacionadas a longo prazo”, explicou o professor doutor Sérgio Marba.

“Pode ser que o paciente em questão não tenha indicação para o procedimento menos invasivo e necessite de intubação [INSURE], mas isso deve ser definido após uma avaliação. O especialista deve sempre que possível, escolher procedimentos menos invasivos que preservem a saúde e a qualidade de vida do paciente. Vale lembrar que a prematuridade não é doença, mas sim uma condição passageira”, complementou.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Notícias

Teste gratuito para pacientes com câncer gástrico chega ao Rio Grande do Sul
O Espaço Aristeu Pires apresenta: Brindes às Estrelas em Gramado
https://www.osul.com.br/desafios-da-prematuridade-decisoes-tomadas-durante-a-internacao-neonatal-sao-cruciais-para-a-saude-e-qualidade-de-vida-da-crianca/ Desafios da prematuridade: decisões tomadas durante a internação neonatal são cruciais para a saúde e qualidade de vida da criança 2018-08-22
Deixe seu comentário
Pode te interessar