Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Uma barragem com 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério da Samarco rompeu na tarde de hoje, em Mariana, a 110 quilômetros de Belo Horizonte, causando enxurrada de lama que matou ao menos 17 pessoas. (Notícia de 5 de novembro de 2015).
Não deram importância
Estudo feito em 2013, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais, alertou para o risco de rompimento de barragens da Samarco em Mariana. (6 de novembro de 2015).
Vergonha
Dentre as 14 mil e 966 barragens avaliadas pela Agência Nacional de Águas no país, 245 foram classificadas como de alto risco pelo Departamento Nacional de Produção Mineral. Nada foi feito para prevenir. (7 de novembro de 2015).
Novo episódio
Ocorreu o rompimento de barragem de resíduos minerais, da Vale, na cidade de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte. No momento, havia 427 pessoas no local. Foi possível resgatar 279 com vida, mas sete morreram. Pelo menos 141 estão desaparecidas. (Notícia de ontem).
Navegando no mar de lama
As tragédias não decorreram de episódio climático ou geológico, mas em consequência do comportamento negligente da empresa e do poder público. O Brasil ainda acolhe modelo de mineração típico do século 18. Tanto a legislação ambiental quanto a de exploração das riquezas do subsolo está subordinada a interesses que, nem de longe, leva em conta o patrimônio natural, menos ainda direitos das populações afetadas.
Fica quase tudo explicado
O Banco Mundial faz, todos os anos, levantamento em 190 países sobre as condições de negócios. Ano passado, o Brasil apareceu em 109º lugar. No item abertura de empresas, ficamos na posição número 140. No quesito peso dos impostos, coube-nos a 184ª colocação. Não surpreende que investidores internacionais, que poderiam gerar empregos, mantenham distância.
Termômetro do placar eletrônico
A 5 de fevereiro, ocorrerá a primeira sessão de votações da nova legislatura com prioridade à apreciação de vetos do Executivo a projetos aprovados em dezembro do ano passado pela Assembleia. Um teste para o governo, que conhecerá a posição de partidos que receberam cargos.
Quais são
A lista de projetos inclui:
1º) a liberação do consumo de bebidas alcoólicas nos estádios. Para vetar, o Executivo argumenta, com base em levantamentos de órgãos da Segurança Pública que, após a proibição, diminuiu a violência interna.
2º) procedimentos restritivos para participação de vendedores vindos de outras cidades para feiras. O governo afirma que não pode haver lei estadual, porque é uma atribuição exclusiva das prefeituras municipais.
3º) Estatuto do Concurso Público. O Executivo justifica o veto afirmando que alguns artigos contêm inconstitucionalidades.
Há confiança
O presidente Jair Bolsonaro não falou em inglês no Fórum Econômico Mundial, não usou smoking nem impressionou a intelectualidade, mas a Bolsa de Valores de São Paulo fechou a semana com o índice chegando à nova máxima histórica. Pela primeira vez, ficou acima dos 97 mil pontos, apoiado em apostas positivas para a economia do País e na esteira de sinalizações recentes do governo, reiterando compromisso com o ajuste fiscal.
Há 20 anos
A novela vem de longe: a 26 de janeiro de 1999, o presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu receber os governadores de oposição interessados na renegociação das dívidas de seus Estados, entre os quais Olívio Dutra.
Prejuízo a mais
O petróleo fechou em alta ontem, impulsionado pela crise volátil da Venezuela. No plano político, o ditador Nicolás Maduro deu um jeito de se blindar: sua estrutura militar tem 2 mil generais. Para comparar, no Brasil, são 273.
Otimistas
Governadores e prefeitos que administram com dívidas muito altas apostam no lema: em meio ao caos há sempre uma oportunidade.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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