Quarta-feira, 12 de março de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2015
Seis pessoas foram presas preventivamente e uma teve prisão em flagrante decretada por porte ilegal de arma durante a Operação Cobertura, deflagrada nessa terça-feira pelo MP (Ministério Público) gaúcho. Durante o cumprimento dos 19 mandados de busca e apreensão – em Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Estância Velha, Bento Gonçalves e Jacuizinho –, foram recolhidos celulares, computadores e documentos relativos a licitações em residências, nas prefeituras de Bento Gonçalves e Jacuizinho e nas sedes de empresas.
A operação apura fraudes em licitações para a realização de pelo menos 40 concursos públicos. Há indícios consistentes de irregularidades nas contratações para a aplicação das provas de certames nas câmaras de vereadores de Nova Hartz e Restinga Seca, bem como nas prefeituras de Formigueiro, Itapuca, Passa Sete, Bom Retiro do Sul, Bento Gonçalves e Jacuizinho.
Durante coletiva à imprensa, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fabiano Dallazen, destacou que, com a operação, o MP “dá mais uma demonstração da necessidade de a instituição tomar frente às investigações no combate à criminalidade organizada”.
Ações
“Comprovadas as fraudes, as promotorias de Justiça locais entrarão com ações para anular os concursos realizados pelas empresas criminosas”, disse o promotor de Justiça da Especializada Criminal de Porto Alegre Mauro Rockenbach. A vantagem percebida pela quadrilha era gerada pelo pagamento das inscrições. Segundo o promotor, investigações a respeito de algumas licitações também apontam para o beneficiamento de candidatos.
Investigações
No ano passado, a promotora de Justiça Vanessa Casarin Schütz percebeu que havia indícios da ocorrência de fraude em certames dos municípios de Jacuizinho e de Passa Sete. Chegou-se, a partir disso, ao grupo das seis empresas que estão envolvidas no caso. (MP-RS)