Ícone do site Jornal O Sul

Descoberto nos Estados Unidos esqueleto com milhares de anos que prova ligação com índios americanos

Esqueleto encontrado há quase 20 anos nos Estados Unidos está no centro de uma batalha jurídica. Foto: Reprodução

“O homem de Kennewick”, do alto de seus 8,5 mil anos, objeto de disputa entre entre indígenas, antropólogos e adeptos do culto de Odin, é geneticamente ligado aos índios da América do Norte – revelou um estudo publicado pela revista científica Nature. “Nós constatamos que o ‘homem de Kennewick’ é mais ligado aos índios americanos nativos do que a qualquer outra população do mundo”, anunciaram os coautores do estudo, após terem conseguido mapear o genoma do homem pré-histórico.
Uma proeza científica que também importância legal: por quase 18 anos, todo mundo parece querer reivindicar o esqueleto.

Em 28 de julho de 1996 dois espectadores de uma corrida de hidroaviões sobre o rio Columbia, na cidade americana de Kennewick, tropeçaram em um crânio. Assim, desenterraram o “homem de Kennewick” e fizeram a importante descoberta arqueológica.

Batalha jurídica.

Com idade entre 45 e 50 anos, ele morreu de morte natural, mas aos 8,5 mil está no centro de uma verdadeira batalha jurídica. Cinco tribos indígenas – Umatilla, Yakama, Colville, Nez Perce e Wanapum – apresentaram uma queixa conjunta, convencidos de que trata-se dos restos mortais de um dos seus antepassados.

Oito cientistas também levaram a questão aos tribunais para serem autorizados a examinar o crânio. Antropólogos e arqueólogos têm debatido há muito tempo as origens dos primeiros habitantes das Américas. Seus ossos são raros e o “homem de Kennewick” é precioso. Somente a análise de seu DNA vai revelar dados sobre seus descendentes. A questão se complicou ainda mais quando a assembleia de pessoas do povo Asatru, um culto da Califórnia cujos deuses são chamados de Odin e Thor, também recorreu à Justiça americana  para impedir que os restos contestados sejam entregues aos índios.

Sair da versão mobile