A CPI da Pandemia foi criada no dia 13 de abril e a busca por holofotes talvez tenha impedido os senadores de observarem que ao longo dos seus 58 dias de funcionamento, com muita lacração e bate-bocas, a vacinação contra covid-19 avançou. Com isso, nos últimos 58 dias, o Brasil aplicou mais de 44,5 milhões de doses nos braços dos brasileiros, o que equivale a uma média de 768 mil vacinas aplicadas a cada dia.
Marca ignorada na CPI
Nesta quarta também foi importante pela marca de 76 milhões de doses aplicadas desde o início da campanha de vacinação contra a covid.
Imunização garantida
Atualmente, o governo já disponibilizou mais de 105 milhões de doses e essa diferença de 30 milhões de doses garante a 2ª aplicação.
Falação e ação
Nesse período, o Brasil só ficou atrás de três países no número de doses de vacina aplicadas na população: Índia, EUA e China.
Para comparação
É como se o Brasil tivesse vacinado, nesses 58 dias, quase toda a população da Argentina com uma dose. Ou todo Chile com duas doses.
Assessoria ‘paralela’ é tão antiga quanto governos
Citado na CPI, e nas manchetes, como algo irregular e até “criminoso”, o suposto “gabinete paralelo” do governo Jair Bolsonaro é uma das mais tradicionais instituições de poder. Não há chefe de governo, de qualquer nível ou país, que prescinda da opinião de pessoas de fora da gestão. Franklin Delano Roossevelt, considerado o melhor presidente da História dos Estados Unidos, governava sob aconselhamento diário do “kitchen cabinet” ou “gabinete da cozinha”, o “gabinete paralelo” da Casa Branca.
O Brasil no paralelo
No Brasil, Lula decidia mediante consulta de um “estado maior” petista, assim como FHC recorria a empresários e ex-colegas de cátedra.
Até astrologia
O ex-presidente José Sarney gostava de consultar o talentoso jornalista e astrólogo Getúlio Bittencourt antes de qualquer decisão importante.
Pais do santo
Antônio Carlos Magalhães (ACM) não foi o primeiro e nem o último governante baiano a recorrer aos conselhos dos babalaôs.
Justocracia
O ministro Luís Roberto Barroso intrigou deputados ao afirmar em plena Câmara que o TSE irá adotar o voto impresso se o Congresso aprovar e se o Supremo “validar”. A menos que o STF legislador tenha alterado a Constituição, não lhe cabe “validar” decisões de outros poderes.
Eleição desperdida
Após um articulista da Folha de S. Paulo inventar um “despiora” para não sofrer registrando a melhora da economia, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) não perdeu a piada: “Vamos desperder a eleição do próximo ano”.
Argentino ignorante
O milongueiro Alberto Fernández, presidente da Argentina, é bem mais ignorante do que sugere sua aliança com a esquerda brasileira. Ele afirmou na TV: “Os mexicanos vieram dos índios, os brasileiros vieram da selva e nós os argentinos chegamos com os barcos da Europa”.
Saia justíssima
A oposição terá dificuldades de explicar, na reunião desta quinta (10) da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, declarações xenofóbicas do presidente argentino. Um dos membros, Eduardo Bolsonaro, que tem sido acusado de preconceito com a China, vai cobrar uma posição.
Custo Brasil
Nos dez meses entre a apresentação da denúncia e a aprovação da cassação no Conselho de Ética, a deputada Flordelis custou ao Brasil mais de R$ 1 milhão apenas entre salários e cota parlamentar.
RB na Copa
Única emissora a transmitir todas as copas, a Rádio Bandeirantes adquiriu os direitos da Copa América. O show de Ulisses Costa & cia começa em Brasília, domingo (13), no jogo Brasil x Venezuela.
Que vergonha…
Marquinhos, capitão da Seleção Brasileira, deu um merecido “pito” na imprensa brasileira, apelando para o respeito à verdade. Ele confirmou que os jogadores nunca ameaçaram não jogar a Copa América.
Faz que não vê
Fake news sobre o “boicote” de jogadores à Copa América não merece a atenção da maioria das “agências de checagem”. Até porque são quase todas ligadas a veículos que, sem o menor pudor, divulgaram a mentira.
Pensando bem…
…o pronunciamento xenofóbico do presidente da Argentina para alguns é só grosseria, mas por aqui é crime.
PODER SEM PUDOR
Cachoeira de simpatia
Juscelino Kubitscheck era um craque na arte de agradar plateias. Certa vez, quando governador, visitou a cidade de Tombos (MG), na divisa com o Estado do Rio, cujo nome era uma referência à belíssima queda d’água no rio Carangola. E causou estupor ao se referir à cachoeira, no discurso: “Isso não é natural…” A plateia ainda estava boquiaberta, perplexa, quando JK completou: “…é tão linda que só pode ser obra do povo de Tombos!” Saiu do palanque carregado nos braços.
Com André Brito e Tiago Vasconcelos