Do início da pandemia do coronavírus até o domingo (11), o Rio Grande do Sul atingiu 5.141 mortes pela doença. Ao todo, 214.158 mil pessoas foram infectadas, das quais 93% estão recuperadas, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde – SES.
Na atualização do boletim sobre a pandemia, a Secretaria de Saúde apurou seis óbitos pela doença. Os municípios de origem das mortes são: Guaíba (mulher, 62 anos), Passo Fundo (homem, 61 anos), São Marcos (mulher, 86 anos). São Paulo das Missões (homem, 49 anos), Sapucaia do Sul (homem, 74 anos) e Três de Maio (homem, 74 anos).
De acordo com a SES, 385 pessoas testaram positivo para a doença, totalizando 214.158 infectados. Deste total, 199.634 pacientes (93%) estão recuperados.
A letalidade aparente é de 2,4%. O índice de pacientes em tratamento é de 4%, o que equivale a 9.354.
A taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 70%, com 1.786 pacientes internados, de um total de 2.551 leitos disponíveis. Já entre as hospitalizações clínicas, 8% é por síndrome respiratória aguda grave, entre as quais, o coronavírus.
O boletim da Secretaria ainda aponta que mais de 1,12 milhão de testes já foram aplicados no RS.
Crianças e coronavírus
Este ano, o Dia da Criança será comemorado de forma diferente devido ao distanciamento social imposto pela pandemia da Covid-19. Mas o impacto emocional e comportamental sentido por grande parte das crianças neste longo período de confinamento pode ser reduzido nesta data.
A enfermeira Fernanda Barreto Mielke, especialista da coordenação de Saúde Mental da Secretaria da Saúde do Estado (SES/RS), orienta as famílias a comemorarem o Dia da Criança com atividades que levem em conta aspectos mais subjetivos e sentimentais em âmbito familiar.
“Nesse momento difícil, sugerimos que as famílias e suas crianças possam ressignificar essa data, valorizando o afeto e o vínculo de forma mais intensa”, afirma. “Os adultos podem perguntar à criança sobre o que ela deseja fazer nesse dia, como sessão de cinema em casa, com tudo que se tem direito, ou um almoço em família com o cardápio preferido da criança.” Essas são algumas ideias que a especialista coloca numa perspectiva de valorizar o estar junto, o estar em família.
Ela cita um trecho da cartilha “Crianças na Pandemia Covid-19”, publicada pela Fiocruz em https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br. O documento informa sobre os impactos resultantes do distanciamento social em crianças: “(…) são frequentes as reações emocionais e alterações comportamentais, como dificuldades de concentração, irritabilidade, medo, inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão do sono e da alimentação. Essas manifestações são esperadas diante do cenário atual, mas isso não quer dizer que seja fácil lidar com elas. Por isso é importante que as famílias possam buscar apoio para lidar com as situações de maior estresse na interação familiar.”
Fernanda diz que uma das formas de buscar esse apoio é o teleatendimento e, nesse sentido, o Rio Grande do Sul conta com uma rede virtual de profissionais que tem o objetivo de apoiar práticas de cuidados em saúde, o Revira Saúde (https://sites.google.com/site/revirasaudecoletiva).
O Estado possui 31 Centros de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (Caps-IJ) que atendem pacientes encaminhados pelas escolas, centros de assistência social, serviços de saúde e, inclusive, pelo Poder Judiciário. Também podem ser acessados diretamente pelos usuários como demanda espontânea.
Em municípios que não possuem Caps-IJ, o atendimento é realizado nas Unidades Básicas de Saúde.