Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de março de 2021
As maiores taxas médias do ano foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do País
Foto: EBCOs impactos negativos da pandemia do coronavírus sobre o mercado de trabalho levaram 20 estados brasileiros a registrarem recorde da taxa média de desemprego em 2020. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os resultados regionais acompanharam a média nacional. Conforme divulgado pelo IBGE na última semana de fevereiro, a taxa média anual de desemprego do País em 2020 foi de 13,5%, a maior de toda a série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
As maiores taxas foram registradas em Estados do Nordeste e as menores, no Sul. Somente em sete Estados a taxa de desemprego média do ano não bateu recorde. São eles: Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, e Santa Catarina.
Dentre os 20 Estados que registraram recorde, 12 tiveram taxa superior à média nacional. Os Estados nos quais a taxa foi menor que a média do país são: Rondônia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
A pesquisa mostrou, também, que: Em 15 estados, mais da metade da população estava desempregada; RJ foi o único estado fora do Norte e Nordeste com menos da metade da população ocupada; Queda disseminada da informalidade pelo país puxou alta do desemprego; No 4º trimestre, desemprego caiu em apenas cinco estados;
Desemprego foi maior entre mulheres, jovens, pretos e pardos; Bahia tinha o maior número de desalentados do país;
Piauí teve a maior taxa de trabalhadores subutilizados; Santa Catarina, a menor; Amapá tinha a maior proporção de trabalhadores por conta própria; DF, a menor; Maranhão tinha o menor percentual de carteira assinada; Santa Catarina, o maior; Rendimento médio caiu no Sudeste e Nordeste no 4º trimestre.
Menos da metade da população ocupada
Em 15 estados, a maioria do Norte e Nordeste, o nível de ocupação ficou abaixo de 50% em 2020. Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar nestes estados estava ocupada no ano. Na média nacional, foi a primeira vez que isso aconteceu.
O nível de ocupação mais baixo foi registrado em Alagoas. O Rio de Janeiro foi o único estado fora do Norte e Nordeste onde o nível de ocupação ficou abaixo de 50%.
De acordo com o IBGE, a população ocupada em todo país foi reduzida em cerca de 7,3 milhões de pessoas na comparação com 2019. São Paulo foi o estado com o maior contingente de trabalhadores perdidos – quase 2 milhões (1.994 milhão) em um ano. Em seguida, vem Minas Gerais, com 820 mil a menos, e Bahia, com redução de 626 mil ocupados no período.