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IBGE diz que o desemprego caiu para 6,1% e segue no menor patamar em 12 anos

País também registra o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014. (Foto: Jonathan Campos/AEN)

A taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,1% no trimestre encerrado em novembro. O índice ficou 0,5 ponto percentual abaixo do registrado no trimestre de junho a agosto de 2024 (6,6%) e caiu 1,4 ponto ante o mesmo período de 2023 (7,5%). Essa é a menor taxa de desemprego da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.

Os dados foram divulgados nessa sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada totalizou 6,8 milhões no trimestre encerrado em novembro: -7% (menos 510 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e -17,5% (menos 1,4 milhão de pessoas) na comparação com igual período de 2023. Esse é o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

Quatro dos dez grupamentos de atividade apurados pela pesquisa puxaram a alta da ocupação frente ao trimestre móvel anterior. A indústria cresceu 2,4% (mais 309 mil pessoas), a construção registrou aumento de 3,6% (mais 269 mil pessoas), o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais cresceu 1,2% (mais 215 mil pessoas) e os serviços domésticos tiveram aumento de 3% (mais 174 mil pessoas). Somadas, essas quatro atividades econômicas ganharam mais 967 mil trabalhadores no trimestre encerrado em novembro.

O rendimento real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 3.285 em novembro, permanecendo estável no trimestre e crescendo 3,4% no ano.

Recorde de ocupados

A população ocupada no Brasil chegou a 103,9 milhões, um novo recorde da série histórica, crescendo em ambas comparações: 1,4% no trimestre e 3,4% no ano. Com isso, 58,8% das pessoas em idade de trabalhar no Brasil estão empregadas — também o maior nível de ocupação desde 2012.

Além do aquecimento do mercado de trabalho que vem sendo sustentado trimestre a trimestre, os números de novembro incluem ainda as contratações do comércio para as vendas de fim de ano, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE.

“Um fato interessante é que, quando a maioria das compras se dava nas lojas, de forma presencial, a gente tinha um crescimento mais nítido na incorporação de trabalhadores no comércio. O que a gente percebeu agora é que, sim, o comércio teve uma variação positiva, mas outro grupo que cresceu foi o de transporte e armazenamento de carga, e logística”, por causa do crescimento das vendas on-line, explica a especialista.

O IBGE classifica como desocupadas as pessoas sem trabalho que estão procurando emprego. A soma desse grupo com o dos empregados totaliza a população dentro da força de trabalho no Brasil, que ficou em 110,7 milhões no trimestre terminado em novembro.

Assim, estão fora da força de trabalho 66 milhões de brasileiros. São pessoas de 14 anos ou mais desempregadas, mas que não estão em busca de serviço ou disponíveis para trabalhar.

Diante disso, a PNAD calcula que o Brasil tem 17,8 milhões de pessoas subutilizadas, ou seja, que poderiam estar trabalhando, mas estão desocupadas, subocupadas (não trabalham todas as horas que poderiam) ou fora da força de trabalho potencial.

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