A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre de junho a agosto, recuando 0,5 ponto percentual em relação aos três meses anteriores e 1,2 ponto percentual ante o mesmo período de 2023.
Essa foi a menor taxa para um trimestre encerrado em agosto da série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27).
A população desocupada caiu para 7,3 milhões, o menor número de pessoas procurando trabalho desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Esse contingente caiu 6,5% em relação ao trimestre anterior, o que significa menos 502 mil pessoas buscando trabalho. Já frente ao mesmo período de 2023, a redução foi de 13,4% – menos 1,1 milhão de pessoas em busca de uma ocupação.
O número total de trabalhadores no Brasil bateu novo recorde, chegando a 102,5 milhões. No trimestre encerrado em agosto, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.228, sem mostrar variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior e com alta de 5,1% na comparação com o mesmo período de 2023.
Veja os dados da pesquisa
– Taxa de desocupação: 6,6%
– População desocupada: 7,3 milhões de pessoas
– População ocupada: 102,5 milhões
– População fora da força de trabalho: 66,5 milhões
– População desalentada: 3,1 milhões
– Empregados com carteira assinada: 38,6 milhões
– Empregados sem carteira assinada: 14,2 milhões
– Trabalhadores por conta própria: 25,4 milhões
– Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
– Empregadores: 4,3 milhões
– Trabalhadores informais: 39,8 milhões
– Taxa de informalidade: 38,8%
Com o número de ocupados em patamares recorde, o IBGE registrou novamente recordes nos números de trabalhadores com e sem carteira assinada. Entre os empregados com carteira assinada, o número absoluto de profissionais chegou a 38,6 milhões, maior patamar da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012.
Contra o trimestre anterior, a alta foi de 0,8%, agregando 317 mil pessoas ao grupo. Contra o mesmo trimestre do ano passado, o ganho é de 3,8%, o que equivale a 1,4 milhão de trabalhadores a mais. Já os empregados sem carteira são 14,2 milhões, também recorde. A alta para o trimestre foi de 4,1%, com aumento de 565 mil trabalhadores no grupo. No comparativo com 2023, houve aumento de 7,9%, ou de 1 milhão de pessoas.
A taxa de subutilização, que faz a relação entre desocupados, quem poderia trabalhar mais e quem não quer trabalhar com toda a força de trabalho, segue em tendência de baixa. São 18,5 milhões de pessoas subutilizadas no país, o que gera uma taxa de 16% de subutilização. Por fim, a população desalentada caiu a 3,1 milhões, em seu menor contingente desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (3 milhões). Há recuo de 5,9% no trimestre e de 12,4% contra o mesmo período de 2023.