Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2021
Os dados foram divulgados pelo IBGE
Foto: EBCA taxa de desemprego no Brasil caiu para 13,7% no trimestre encerrado em julho, mas ainda atinge 14,1 milhões de brasileiros, informou nesta quinta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado representa uma redução de 1 ponto percentual em relação à taxa de desemprego dos três meses anteriores (14,7%) e o menor índice do ano, com o mercado de trabalho tentando buscar uma recuperação da crise provocada pela Covid-19. O resultado também representa estabilidade em relação à taxa de desemprego em julho de 2020, que era de 13,8%
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego ficou em 14,1%, atingindo 14,4 milhões de pessoas.
Ocupação passa de 50% pela primeira vez no ano
Segundo o IBGE, o recuo na taxa de desemprego foi influenciado, principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas, que cresceu em 3,1 milhões em relação ao trimestre encerrado em abril, para 89 milhões. Com isso, o nível de ocupação subiu 1,7 ponto percentual para 50,2%.
“Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no País”, destaca a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
IBGE x Ministério do Trabalho
Os dados do IBGE, embora mostrem leve melhora na situação do desemprego no País, contrastam com os divulgados na véspera pelo Ministério do Trabalho. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontou a criação de 372.265 empregos com carteira assinada em agosto. Em julho – mesmo mês da pesquisa atual do IBGE – foram 303,3 mil vagas.
Analistas sugerem que a mudança de metodologia do Caged, no início de 2020, seria a responsável pela discrepância dos dados. Segundo o economista Sergio Vale, a nova metodologia gerou um “descolamento” dos dados do emprego formal com o nível de atividade.