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Desemprego já está abaixo de 3% em três estados do País; confira

Estados como o Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás e Paraná têm as menores taxas de desemprego. (Foto: ABr)

A taxa de desemprego está abaixo de 3% em três estados brasileiros, segundo dados divulgados pelo IBGE nessa sexta-feira (22). Conforme a pesquisa, o desemprego no Brasil caiu, em média, para 6,4% no terceiro trimestre deste ano, uma redução de 0,5 ponto percentual frente ao segundo trimestre (6,9%). Este é o menor índice para o período desde o início da série histórica, iniciada em 2012.

Dez estados alcançaram, no terceiro trimestre, as menores taxas de desemprego de suas séries históricas Entre eles estão estados populosos e com economias mais diversificadas, como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, além de estados como Rondônia, Amapá, Ceará, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Espírito Santo.

São Paulo, que abriga a maior metrópole do País, atingiu taxa de desemprego de 6%, a menor já observada na série histórica. Mato Grosso, por exemplo, chegou à mínima de 2,3%.

Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa do instituto, os dados indicam que o mercado de trabalho está aquecido em diferentes regiões do país. Cada uma delas é impulsionada por suas particularidades, com diferentes atividades concentrando a maior parte das ocupações.

“No caso de Rondônia, (a mão de obra) está concentrada no comércio e na administração pública. Já em Santa Catarina, é a indústria geral que tem maior ocupação. Em Mato Grosso, administração pública, comércio e agricultura são os três mais apoiadores”, explicou Kratochwill.

As menores taxas de desemprego (estados com índice menor do que a média nacional):

• Rondônia: 2,1%
• Mato Grosso: 2,3%
• Santa Catarina: 2,8%
• Mato Grosso do Sul: 3,4%
• Paraná: 4%
• Espírito Santo: 4,1%
• Tocantins: 5%
• Rio Grande do Sul: 5,1%
• Goiás: 5,1%
• São Paulo: 6%
• Roraima: 6,2%

As maiores taxas de desemprego (estados com índice maior do que a média nacional):

• Pernambuco: 10,5%
• Bahia: 9,7%
• Rio Grande do Norte: 8,8%
• Distrito Federal: 8,8%
• Rio de Janeiro: 8,5%
• Sergipe: 8,4%
• Amapá: 8,3%
• Amazonas: 8,1%
• Piauí: 8%
• Paraíba: 7,8%
• Alagoas: 7,7%
• Maranhão: 7,6%
• Acre: 7,4%
• Pará: 6,9%
• Ceará: 6,7%

Queda em sete estados

Segundo o IBGE, sete das 27 unidades da federação registraram redução da taxa de desemprego no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.

Tiveram queda na desocupação Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia e Bahia. Já nos outros estados a taxa se manteve estável, com leves oscilações para cima ou para baixo.

Para Kratochwill, a queda do desemprego no período tem relação com a chegada do segundo semestre do ano.

“Esse é um período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano. No último trimestre, a ocupação na indústria registrou um acréscimo de mais de 400 mil vagas”, destaca.

Outros dados

A pesquisa mostra ainda que o desemprego recuou acima dos 10% em todas as faixas de tempo de procura por trabalho. O número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais recuou para 1,5 milhão, o menor valor para um terceiro trimestre desde 2014.

A economia aquecida, segundo o analista do IBGE, se reflete na diminuição do tempo de busca por trabalho. “Como consequência, reduz-se o número de pessoas que estavam há mais de dois anos procurando por uma ocupação”, observa Kratochwill.

Desigualdades

Apesar do quadro positivo do mercado de trabalho, permanecem as desigualdades de gênero e cor. A taxa de desemprego foi de 5,3% para os homens no terceiro trimestre, enquanto para as mulheres, ficou em 7,7% no mesmo período.

Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (5%) e acima para os pretos (7,6%) e pardos (7,3%).

Em termos de escolaridade, o desemprego foi mais alto entre pessoas com ensino médio incompleto. O percentual era de 10,8% no terceiro trimestre, mais de três vezes superior à taxa de 3,2% observada entre aqueles com ensino superior completo. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%.

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