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Brasil Desemprego na mínima histórica de 6,6% e a renda dos trabalhadores na marca de R$ 328,6 bilhões em 2024 são razões para a alta dos preços dos serviços, dizem economistas

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É o maior nível da série iniciada em 2012, com alta real de 6,5% na massa de rendimentos ante 2023, segundo o IBGE. (Foto: Freepik)

Segundo economistas a renda dos trabalhadores na marca de R$ 328,6 bilhões em 2024 é uma das  razões para a alta dos preços dos serviços. Além de sofrer influência de outros preços, como tarifas de transporte, aluguel, o comportamento do mercado de trabalho tem um peso relevante nos serviços, porque é um setor que usa muita mão de obra.

“Teve um movimento muito robusto do mercado de trabalho em 2024”, afirma o economista Fabio Romão, da LCA 4 Intelligence. Ele reviu para cima a inflação de serviços, após o resultado do IPCA-15 de janeiro. Ele projeta alta de 6,2% da inflação de serviços para o ano. É 1,4 ponto porcentual acima do registrado em 2024. Também está acima da projeção para o IPCA de 2025 (5,5%).

Na mudança, o economista levou em conta o desempenho da renda e do emprego. O desemprego encerrou 2024 na mínima histórica de 6,6%, e a massa de rendimentos atingiu R$ 328,6 bilhões. É o maior nível da série iniciada em 2012, com alta real de 6,5% na massa de rendimentos ante 2023, segundo o IBGE. Romão, que espera para este ano uma taxa média de desemprego de 7,3%, ressalta que ainda será uma desocupação muito baixa.

Com o fortalecimento do emprego e da renda, o quadro fica mais favorável para que os reajustes de preços sejam aceitos pelo consumidor. “Desemprego baixo aumenta a demanda”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.

O economista observa que a maior parte da população é de baixa renda e tem pouca capacidade de poupança. Por isso, quando está com dinheiro na mão vai às compras, especialmente se a perspectiva é de novos aumentos de preços.

Lucivania Machado da Silva, dona do salão Toko’s Cabeleireiros, que fica na zona oeste da capital paulista, por exemplo, reajustou em 6,25% o preço da manicure e em 12,5% o valor do serviço de depilação de sobrancelha. No IPCA-15 acumulado em 12 meses até janeiro, os preços da manicure subiram 10,68% e da sobrancelha, 7,22%, enquanto o IPCA-15 como um todo teve alta de 4,50% no período.

Além do aumentos de preços dos produtos que utiliza, como esmalte, itens descartáveis, a dona do salão de beleza aponta o reajuste da tarifa de ônibus, que subiu este ano para R$ 5 na cidade de São Paulo, como um dos fatores que a fizeram elevar preços. “Todas nós ( trabalhadoras do salão) usamos transporte público, eu moro na zona leste e pego três conduções por dia”, diz.

“Contaminação”

A inflação de alimentos nos supermercados, que tem afetado o bolso do brasileiro e a popularidade do governo, começa a contaminar também o setor de serviços.

Mauro Sergio Ribeiro Aguiar, dono do restaurante Paraíso das Delícias, na zona oeste de São Paulo, acaba de reajustar em cerca de 20% o preço das refeições. O prato comercial, que custava R$ 25, subiu para R$ 30. Dados do IPCA-15 mostram que em 12 meses até janeiro de 2025 o valor da refeição subiu 6,40%, do lanche 7,96% e do cafezinho, 9,74%.

“O que mais pesa é a carne”, reclama Aguiar. Para não assustar o cliente, ele passou a oferecer outras opções de refeição com frango, que é uma proteína mais barata. Mesmo assim, teve uma queda de 40% no movimento desde que aumentou preços.

Além da carne que entra como ingrediente dos pratos, o também o pó de café tem pesado. O produto subiu cerca de 40% em 2024. No passado, Aguiar sempre reajustava o preço do cafezinho quando a passagem de ônibus aumentava.

Neste ano, no entanto, ele manteve o preço do cafezinho em R$ 4, mesmo com a passagem de ônibus reajustada para R$ 5. “Não subimos por causa da concorrência dos ambulantes, que vendem o cafezinho por R$ 2.”

O empresário observa que os ambulantes não têm custos de aluguel e de equipe — este, no seu caso, aumentou cerca de 30%, em razão de dissídio e hora extra. Com 10 empregados no momento, ele conta que avalia reduzir para oito. “O custo aumentou, o movimento diminuiu, e tenho gente ociosa.” . As informações são do portal Estadão.

 

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