A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5% em novembro, abaixo da desocupação registrada no mês anterior, de 7,9%, informou nesta quinta-feira (17) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse é o maior índice para o mês desde novembro de 2008, quando o desemprego chegou a 7,6%. No ano passado, nesse mesmo período, a desocupação havia atingido 4,5%.
Assim como o desemprego aumentou em relação a novembro do ano passado, o rendimento médio dos trabalhadores, estimado em 2.177,20 reais, caiu. Frente a outubro, a baixa foi de 1,3% e, em relação a novembro de 2014, o recuo foi de 8,8% – disseminado em todos os locais analisados.
De acordo com o IBGE, a queda de 8,8% do rendimento na comparação anual é a maior para o mês desde 2003, quando o rendimento diminuiu 10,7%. Quem mais sentiu a diminuição do salário no bolso foram os trabalhadores da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água. No ano, de janeiro a novembro, a queda foi generalizada, puxada pelo rendimento recebido por quem trabalha na indústria (-12,5%), em serviços prestados às empresas (-12,1%) e na construção (-11,9%).
Aumento da população desocupada
A população desocupada somou 1,8 milhão de pessoas em novembro, não variando na comparação com outubro. Já frente a novembro, o aumento, considerando todos os Estados pesquisados pelo IBGE, foi de 53,8%. A maior alta partiu do Rio de Janeiro, que viu esse contingente crescer 66,5%.
Por outro lado, a população ocupada chegou a 22,5 milhões, mostrando estabilidade sobre o mês anterior e uma queda de 3,7% diante de novembro de 2014. (AG)