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Brasil Desenvolvedores de vacinas anti-covid sofrem ciberataque

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Órgão que assessora o governo alemão sobre a vacinação afirma que não há dados suficientes para avaliar sua eficácia em idosos. (Foto: Divulgação/Gov-SP)

Quem tem uma vacina ou medicamento contra o coronavírus é rico, poderoso ou ambos. Desenvolvimento científico autônomo é caro, ciberespionagem é barato. Acumulam-se as tentativas – também por serviços secretos estatais.

A vítima mais recente foi a firma AstraZeneca: seus funcionários receberam e-mails falsificados com atraentes ofertas de emprego. Neles, hackers haviam embutido dispositivos de ataque digital, permitindo-lhes acesso aos computadores da fabricante de vacinas sueco-britânica, relatou no fim de novembro a agência de notícias Reuters. Segundo fontes não identificadas, os métodos empregados apontam para a Coreia do Norte.

Falam por si os saltos nas bolsas de valores mundiais no início de novembro, em seguida aos comunicados das farmacêuticas Biontech e Pfizer sobre a eficácia de seu produto. Quem se surpreende que, a esta altura, certos atores procurem um atalho, procurando lucrar com o trabalho de pesquisa alheio? E, nesta era digital, o recurso preferido de espionagem industrial é o ciberataque.

O presidente do Departamento Federal de Segurança e Tecnologia de Informação (BSI) da Alemanha, Arne Schönbohm, avalia como alto o grau de ameaça para o setor, também para o país. Registraram-se diversas ofensivas contra empresas farmacêuticas e institutos de pesquisa ou universidades do país, e “continua existindo o risco de ataques direcionados contra centros científicos”, comentou à DW.

Enquanto autoridade nacional de cibersegurança, o BSI advertiu preventivamente as firmas alemãs. Ele também as assessora sobre como protegerem de ciberataques não só a si mesmas, mas também a seus fornecedores e prestadores de serviços.

Embora até o momento não se saiba de nenhum ataque informático bem-sucedido a companhias da Alemanha, o caso da AstraZeneca mostra a gravidade da situação. Em meados de novembro, num blog empresarial, um alto gerente da Microsoft alertava ontra ciberataques a sete fabricantes de vacinas conhecidas, do Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, França e Índia.

Como autores, ele citou um grupo de hackers da Rússia e dois da Coreia do Norte, todos supostamente em coordenação com repartições estatais. Em outubro, a firma americana de cibersegurança Crowdstrike detectou ataques a laboratórios de vacinas do Japão, nesse caso partindo da China.

Quem tem uma vacina ou medicamento contra o coronavírus é rico, poderoso ou ambos, ciberespionagem é barato. Já em julho, numa declaração conjunta, serviços secretos dos EUA, Canadá e Inglaterra responsabilizavam hackers russos por investidas a organizações envolvidas no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Sars-Cov-2.

Segundo o britânico National Cyber Security Centre (NCSC), o grupo de hackers denominado APT29 (Advanced Persistent Threat) visa o “roubo de propriedade intelectual valiosa”. O centro de cibersegurança tem “mais de 95%” de certeza de que o grupo, também conhecido como “Cozy Bear” e “The Dukes”, operaria em conivência com o serviço secreto da Rússia.

Na ocasião, o ministro britânico do Exterior, Dominic Raab, condenou como “completamente inaceitável que serviços de inteligência russos estejam mirando aqueles que trabalham para combater a pandemia do coronavírus”. Moscou rechaçou as acusações como injustificadas.

O especialista finlandês em cibersegurança Mikko Hypponen em princípio não se espanta que ocorra espionagem industrial a mando estatal. “A missão dos serviços secretos é proteger seus países de ataques”, comentou, em entrevista à DW. “Por isso não é surpreendente que eles tentem obter uma vantagem que os ajudaria a defender sua nação contra uma pandemia.”

O relatório mais recente do Departamento para Proteção da Constituição, sediado em Colônia, apresenta conclusões análogas: “Poderes estrangeiros empregam contra a República Federal da Alemanha todos os meios e modos disponíveis de ação oculta para perseguir seus interesses […] Em especial os serviços de informações da Federação Russa e da República Popular da China desempenham atividades de ciberespionagem contra posições alemãs.”

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https://www.osul.com.br/desenvolvedores-de-vacinas-anti-covid-sofrem-ciberataque/ Desenvolvedores de vacinas anti-covid sofrem ciberataque 2020-12-06
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