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Colunistas Desenvolvimento de jovens empreendedores locais: associativismo e cooperativismo como solução inovadora

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O desenvolvimento econômico local é fundamental para a sustentabilidade e crescimento das comunidades, especialmente em cenários de desigualdade social e política. Neste contexto, é essencial incentivar e apoiar jovens empreendedores locais, que são catalisadores de mudança e inovação. Uma das formas de alcançar esse objetivo é através do fomento a modelos de negócios baseados em associativismo e cooperativismo. Este artigo tem como objetivo discutir a importância desses modelos, destacando suas diferenças, benefícios, dificuldades e como enfrentar os desafios inerentes à burocratização e ao cenário político local.

Associativismo e cooperativismo: diferenças e benefícios

Associativismo e cooperativismo são dois modelos de negócios que buscam o desenvolvimento local, a inclusão social e a democratização do acesso a recursos e oportunidades. No entanto, apresentam diferenças significativas em suas estruturas e objetivos.

O associativismo é um modelo baseado na união voluntária de indivíduos ou empresas com interesses comuns, visando a realização de objetivos coletivos e a defesa de interesses do grupo. Associações podem ser formadas por profissionais de uma mesma área, empreendedores locais, dentre outros. Os principais benefícios incluem o compartilhamento de informações e experiências, a capacitação profissional, a representação política e o fomento à inovação.

Já o cooperativismo é um modelo econômico baseado na propriedade e gestão coletiva dos meios de produção e serviços, com foco na cooperação e na distribuição justa dos resultados. O principal objetivo é garantir o desenvolvimento sustentável dos membros e da comunidade em que estão inseridos. O cooperativismo oferece benefícios como acesso a crédito, assistência técnica, negociação coletiva, redução de custos e ganhos de escala.

Dificuldades e desafios

Apesar dos benefícios, jovens empreendedores podem enfrentar dificuldades ao adotar modelos de associativismo e cooperativismo, como a burocratização e a alta incidência tributária. A Curva de Leifert, por exemplo, demonstra que a população jovem pode ter dificuldades em arcar com os custos e impostos, especialmente em cenários de desigualdade e falta de apoio político.

Além disso, o cenário político local pode ser um empecilho para o desenvolvimento desses modelos de negócio. O coronelismo e a opressão política dificultam a participação democrática e a autonomia dos jovens empreendedores, limitando seu potencial de transformação social.

Soluções e perspectivas

Para superar esses desafios, é fundamental o apoio de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento local, como a criação de ambientes favoráveis ao empreendedorismo e a promoção de linhas de crédito específicas para associativismo e cooperativismo. Além disso, a capacitação e a educação empreendedora são essenciais para preparar jovens empreendedores para enfrentar os desafios e aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas por esses modelos de negócio.

Incentivar a formação de redes de apoio e colaboração entre empreendedores locais também é uma estratégia eficaz para promover o associativismo e o cooperativismo. Essas redes podem facilitar o compartilhamento de conhecimentos, experiências e recursos, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema empreendedor local.

A sociedade civil também tem um papel fundamental nesse processo. Organizações não governamentais, universidades e outras instituições podem oferecer suporte técnico, capacitação e apoio financeiro para projetos baseados em associativismo e cooperativismo. Além disso, a participação ativa da sociedade na construção de políticas públicas e na defesa dos interesses dos jovens empreendedores pode contribuir para a superação de barreiras políticas e burocráticas.

Por fim, é importante destacar que a adoção de modelos de negócio baseados em associativismo e cooperativismo pode gerar impactos positivos na comunidade, promovendo a inclusão social, a sustentabilidade e o desenvolvimento local. Jovens empreendedores são agentes de transformação e, com o apoio adequado, podem enfrentar os desafios e prosperar em um ambiente desafiador.

Recapitulando

Associativismo e cooperativismo são modelos de negócio promissores para o desenvolvimento de jovens empreendedores locais e para a retenção e desenvolvimento de talentos. Apesar das dificuldades e desafios, como burocratização, alta incidência tributária e um cenário político local desfavorável, é possível superar essas barreiras através de políticas públicas, capacitação, redes de apoio e engajamento da sociedade civil. Com o incentivo adequado e o fortalecimento desses modelos, jovens empreendedores podem contribuir significativamente para o cresci mento e a sustentabilidade das comunidades locais.

Jader Schmidt Gaklik — Empreendedor Educacional; Orientador acadêmico; Presidente Associação Comercial de Tupanciretã (2016-2022); Divisão Jovem -Grupo de Líderes e Empreendedores.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/desenvolvimento-de-jovens-empreendedores-locais-associativismo-e-cooperativismo-como-solucao-inovadora/ Desenvolvimento de jovens empreendedores locais: associativismo e cooperativismo como solução inovadora 2023-06-14
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