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Ciência Deserto do Atacama: saiba como está o buraco gigante do Chile seis meses depois

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Há possíveis consequências ambientais para a área ainda sendo investigadas.

Foto: Reprodução
Há possíveis consequências ambientais para a área ainda sendo investigadas. (Foto: Reprodução)

Seis meses após a descoberta de um buraco gigante em Tierra Amarilla, no Deserto do Atacama, no Chile, a mineradora que atua na região foi multada pelo governo e há processos judiciais tramitando na Suprema Corte do país.

Não se sabe exatamente como o buraco surgiu, mas o prefeito de Tierra Amarilla, Cristobal Zúñiga, disse à mídia local que se tratava de uma consequência de atividades extrativistas desmedidas realizadas na área. Além disso, há possíveis consequências ambientais para a área ainda sendo investigadas.

O Ministério de Obras Públicas do Chile afirmou que os trabalhos realizados na exploração da mina Alcaparrosa danificaram o Rio Copiapó. Por esse motivo, foi estabelecida a multa máxima prevista no Código de Águas, que é de 120 milhões de pesos chilenos (aproximadamente R$ 700 mil).

A fiscalização do governo determinou ainda que, além da multa, a mineradora Ojos del Salado deve apresentar um plano de monitoramento e acompanhamento da quantidade e da qualidade das águas do rio Copiapó.

A autoridade de mineração da região, o diretor de Rodrigo Sáez, afirmou também que não se sabe a extensão completa dos prejuízos.

“Não se conhece toda a extensão dos seus efeitos [da abertura do buraco] e devemos vigiar cuidadosamente a forma como se desenvolverão os ditos efeitos no futuro, a médio e longo prazo”, disse Saéz.

Processo

O Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) apresentou à Suprema Corte do Chile um parecer afirmando que os moradores da região afetada devem ter informações sobre o desenrolar do imbróglio judicial. O buraco gigante causado pela mineradora teria afetado a vida de pessoas que moram a 500 metros do sumidouro.

A ação do INDH foi realizada após o Tribunal de Justiça de Copiapó negar um recurso da população local, que pediu a preservação da região. De acordo com o tribunal, a situação está “absolutamente controlada”, e os órgãos fiscais especializados adotaram “todas as medidas urgentes, necessárias e pertinentes”.

O relatório do INDH, no entanto, argumenta que o Estado deve garantir o direito da população de viver em um ambiente sem poluição. O recurso cita ainda o Acordo de Escazu, do qual o Chile é parte desde o último dia 13 de junho, que visa garantir um ambiente saudável para as pessoas.

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