Sexta-feira, 18 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de julho de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O marketing eleitoral anda mais criativo do que nunca. Nesta campanha, candidatos contam com diferentes assessores. São especialistas em soluções para as classes A, B e C. Eleitor é tratado como produto.
Encontro marcado
Se Lula saísse da prisão, após saudar os militantes no Sindicato dos Metalúrgicos iria se reunir com a equipe de campanha. Fazem parte Sérgio Gabrielli (ex-presidente da Petrobras), os ex-ministros Ricardo Berzonini, Luiz Dulci e Gilberto Carvalho, mais Paulo Okamoto, do Instituto Lula.
Dois pesos
A prefeitura de Porto Alegre é boa cobradora. Tanto que quer duplicar o valor do IPTU. Quando se trata de pagar credores, apela para o longo prazo. Projeto nesse sentido foi aprovado ontem pela Câmara Municipal. Fica a impressão de que fornecedores de produtos e prestadores de serviços sobrevivem apenas com o ar que respiram.
No reino da desconfiança
Em novembro de 2016, esteve em Porto Alegre um tecnocrata de extrema confiança do PSDB nacional. Ele percorreu vários municípios do País.
Reuniu-se com prefeitos tucanos recém eleitos no Estado e ensinou: “Nada de pagar aos credores. É preciso espremê-los até não poder mais.” Muitos tomaram a lição ao pé da letra.
Extremos
Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação revela o alto nível de concentração de renda e consumo. Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro respondem por 49,86 por cento de toda a carga tributária no País. Somam-se impostos, taxas e contribuições que a sociedade paga nas esferas municipal, estadual e federal.
Na outra ponta do levantamento, ficam cinco Estados da região Norte (Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia) que arrecadam apenas 1,07 por cento.
No meio do caminho
O gabinete do prefeito Nelson Marchezan Júnior registrou o envio de convite, por e-mail, ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para que participasse da recente inauguração da orla do Guaíba. Perdeu-se em algum ponto, o que deu origem a uma inconformidade.
Padilha colaborou decisivamente na liberação de recursos para as obras.
Falta alguém assumir
Auditoria do Tribunal de Contas da União constatou falta de transparência na metodologia de cálculo do percentual máximo de reajuste dos planos individuais de saúde. Não surgiu ainda uma autoridade para levar o assunto adiante, defendendo os clientes.
Conveniência
O senador Romero Jucá, um dos caciques do MDB, defende a candidatura de Henrique Meirelles ao Planalto e diz que “não tem sentido o maior partido do Brasil ficar no banco de reserva”. Fez sentido em 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014, quando havia certeza de que garantiria cargos no poder.
A chance
A nação está enferma e foi levada ao leito por sucessivos desgovernos. Cabe aos eleitores vencerem a febre da inquietação e da desesperança.
Há 10 anos
O conflito em torno de decisões não é novo. A 10 de julho de 2008, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, soltou pela segunda vez em menos de 48 horas o banqueiro Daniel Dantas, preso na Operação Satiagraha. Mendes chamou de “absurda e inaceitável” a prisão preventiva decretada pelo juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, porque desrespeitava decisão anterior do Supremo.
Exemplo
Depois de a solidariedade ter garantido a vida dos garotos tailandeses, governantes que fomentam guerras precisam sair da caverna para ver o sol.
Livre atirador
A Lei de Murphy – Segunda Parte, traduzida e transubstanciada por Millôr Fernandes, tem preciosidades. Uma delas pode ser aplicada aos debates em campanhas eleitorais: tudo é possível dizer se você não sabe do que está falando.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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