Sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Por adm | 13 de outubro de 2019
O economista Paulo Rabello de Castro foi presidente do BNDES e candidato a vice-presidente da República na chapa de Alvaro Dias. Conhece e diz: “Ninguém até hoje descobriu direito o que faz a tal Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, ou OCDE. Sediada confortavelmente em Paris, o clube dos países ricos é local de encontro de papos infindáveis, destinados a explicar aos mais pobres como devem se comportar se quiserem chegar a ser ricos. (…) Não ganhamos um único tostão furado por pertencer à OCDE. Pelo contrário, só gastamos: mordomias para sustentar a corte de embaixadores e outros burocratas que compõem a representação dos países-membros na Cidade Luz.”
Castro vai esperar por manifestações dos que discordam.
Tudo explicado
O site da OCDE confirma o que Rabello de Castro sustenta: “A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico constitui foro composto por 35 países, dedicado à promoção de padrões convergentes em vários temas, como questões econômicas, financeiras, comerciais, sociais e ambientais. Suas reuniões e debates permitem troca de experiências e coordenação de políticas em áreas diversas da atuação governamental.”
Vem crescendo
Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação mostra que, desde 2016, os brasileiros trabalham 153 dias por ano para pagar impostos. Em 2010, eram 148 dias.
Para troca de mão
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados, fará audiência pública, às 14h de amanhã, em Brasília, para discutir a privatização da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb). Entre os convidados, está o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Com a tarifa subsidiada, será difícil encontrar comprador.
Força indiscutível
Governadores de sete Estados farão, dias 18 e 19 deste mês, em Florianópolis, o quinto encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste. São responsáveis por 70 por centro do Produto Interno Bruto do país. A pauta não pode fugir da cobrança da Lei Kandir, da reforma tributária e do novo pacto federativo. São temas dos quais a maioria no Senado e na Câmara dos Deputados procura ficar distante.
Há 20 anos
A 13 de outubro de 1999, o governo do Estado anunciou que os servidores públicos pagariam mais ao Instituto de Previdência do Estado, com a aplicação de alíquotas progressivas, conforme a faixa salarial. A alegação era de que o déficit aumentava e a situação, em breve, ficaria insustentável. O Cpers reagiu, dizendo que não admitiria alteração no valor. A Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos acrescentou que “havia dificuldade de dialogar fora do círculo político comandado pelo PT.”
Ameaça não cumprida
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Mário Amato, a 13 de outubro de 1989, declarou que “se Lula ganhar a eleição presidencial, 800 mil empresários deixarão o país”. Delfim Netto desafiou: “Se Amato tiver razão, votarei em Lula para o resto da vida. Ainda vou usar uma estrelinha na lapela e cantar pelas ruas Lula lá.”
Incômodo a menos
Nas telas de telefones celulares, com frequência cada vez maior, aparece o aviso de possível fraude. É a identificação dos que oferecem produtos e serviços que não interessam. Ligam a qualquer hora e, na maioria das vezes, trata-se de uma gravação.
Deu no site
“Bancos têm maior lucro desde o Plano Real.”
O crescimento incontrolável da dívida pública ajuda no enriquecimento do setor. Ontem à noite, o placar eletrônico Jurômetro registrava 422 bilhões de reais. Valor pago pelo governo federal, desde 1º de janeiro deste ano, para rolar o que deve. É mais do que a soma dos orçamentos dos Ministérios da Saúde e da Educação para 2019.
Mistificadores
Houve época em que a maioria dos governantes insistia em um ritual perverso: anunciar que o orçamento do ano seguinte teria superávit. De mentira em mentira, chegamos ao caos de hoje.