Segunda-feira, 31 de março de 2025

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Política Desistência de Bolsonaro de ir ao Supremo irrita aliados do ex-presidente: “Faltou o ‘fight’ de Trump”

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Avaliação é que a presença dele no 1º dia mandou o recado correto: alguém que não iria fugir do País, que iria encarar de frente as acusações e respeitar o jogo jurídico. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em não comparecer ao segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado rachou seus grupos de conselheiros.

A avaliação é que a presença dele no primeiro dia mandou o recado correto: alguém que não iria fugir do País, que iria encarar de frente as acusações e respeitar o jogo jurídico.

Mas como a aceitação da denúncia era um resultado esperado, o “grand finale” estava reservado justamente para o segundo dia.

Bolsonaro iria olhar os juízes de frente, mostrar-se indignado, mas, principalmente, passar para a sua militância a mensagem de que jamais iria desistir.

“Faltou o fight de Trump”, disse um dos seus auxiliares, lembrando o gesto que o presidente dos EUA fez num momento mais crítico de sua campanha, quando ele quase foi alvejado num atentado.

A crise foi exposta com todas as letras no programa transmitido dos Estados Unidos por um dos réus do processo, Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador e ex-presidente João Batista Figueiredo.

Como não pode se comunicar com Bolsonaro, já que também é investigado pela tentativa de golpe, Figueiredo ganha o status de observador internacional da cena. E foi nessa posição que ele fez duríssimas críticas ao recuo do ex-presidente.

Paulo Figueiredo considerou a ideia de Bolsonaro de desistir de ir ao STF no segundo dia uma ideia estúpida. Ele também criticou o fato de ele ser filmado chorando durante uma oração feita pela senadora Damares Alves (PL). A cena aconteceu antes de um pronunciamento completamente sem pé nem cabeça.

“Ele me resolve, do nada, no dia [do julgamento] não ir. Passa [imagem] do comportamento de covarde e errático. Vai isolado para o gabinete do Flávio e deixa a Damares postar uma foto dele com cara de choro pedindo orações. É o contrário da força. Daí sai [do gabinete] e dá aquela coletiva falando um monte de ladainha”, disse Figueiredo no programa.

Paulo Figueiredo acompanhou de perto todos os passos da campanha de Trump e resume da seguinte forma o método que o americano usou para enfrentar as acusações na Justiça pelos diversos crimes pelos quais respondia: firmeza, coragem e enfrentamento.

Segundo os conselheiros de Bolsonaro, a ideia era que a coletiva fosse curta, de apenas 15 minutos, em frente ao Supremo Tribunal Federal, para ter a última palavra do dia, ou seja, dominar a cena. Exatamente o script que Trump seguiu.

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