Vicente Santini foi demitido do cargo de secretário executivo da Casa Civil em razão do seu deslumbramento, “doença” que acomete novatos na política. Na definição cuidadosa de um general com gabinete no Planalto, Santini andava deslumbrado e “pouco efetivo” na missão. “Ele tinha muita preocupação em viajar e pouca em fazer entregas naturais do cargo”, completou. O episódio serviu também como advertência para Onyx Lorenzoni, ministro sem muito o que fazer na Casa Civil.
Apoio da família
Lorenzoni ficou espantado com a demissão de Santini, pelas ligações ao deputado Eduardo Bolsonaro – que, aliás, apoiou a decisão do pai.
PPI em jogo
Paulo Guedes abre champanhe com o desgaste de Onyx, contra quem luta para comandar o Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
Passeio caro
Antes de requisitar o jato Legacy da FAB que o levou para Nova Deli, Santini foi ao Fórum Econômico de Davos (Suíça) para fazer nada.
Chamou atenção
Ao chegar na Índia, o presidente Bolsonaro estranhou Santini na fila de cumprimentos. Acabou descobrindo como a figura havia chegado lá.
Bilionário ‘ativista’, Soros não cita multa ambiental
O bilionário e ativista “verde” George Soros adora palpitar sobre o meio ambiente e até a Amazônia, mas ainda não explicou a multa ambiental por queimada ilegal, aplicada a uma das suas empresas no Brasil, a Adecoagro. Dona das usinas de Invinhema e Angélica, no Mato Grosso do Sul, perto do Pantanal, a empresa foi responsabilizada pela Polícia Ambiental na queimada ilegal que saiu de controle e devastou mais de 87 hectares da Área Protegida de Preservação Permanente.
Destruição grave
O incêndio em 2015 destruiu 1,2 mil hectares e o equivalente a 87 campos de futebol de matas ciliares de cursos d’águas e nascentes.
Com grana pública
Em 2014, a usina Vale do Invinhema, da Adecoagro, recebeu do BNDES R$55 milhões para capital de giro e armazenar etanol.
Incêndio criminoso
O incêndio que atingiu área de proteção ambiental na região do Pantanal rendeu multa de R$ 1,71 milhão a Adecoagro, de Soros.
Já deu
A decisão do presidente Jair Bolsonaro de demitir o secretário executivo antes mesmo de ouvir Onyx Lorenzoni, tem sido interpretada em Brasília como um recado para que o ministro peça o boné.
Decisões lentas
O secretário nacional de Previdência, Rogério Marinho, demorou para demitir o presidente do INSS tanto quanto a repartição comeu mosca e não se adaptou às novas regras de aposentadoria fixadas na reforma.
Canteiro de obras
Enquanto os estados reclamam de miserê, no DF o governador Ibaneis Rocha (MDB) se preparou para deflagrar um programa de obras que prevê R$ 1,5 bilhão em investimentos só este ano, em Brasília.
Confiança nanica
Os números foram devastadores, na enquete do site Diário do Poder para aferir o nível de confiança dos leitores na “grande imprensa”: dos 17.896 votantes, 17,7 mil afirmaram “não confiar”. São quase 99%.
Da série: projetos inúteis
Deve faltar trabalho na Câmara: o deputado Luiz Antonio Teixeira (PP-RJ) apresentou projeto para obrigar entidades esportivas a tornar públicos os diálogos de rádio das equipes de arbitragem.
Posição diplomática
Embaixador da Suíça, Andrea Semadeni nega que tenha chamado a polícia para reclamar do barulho perto da sua casa, em Brasília. Ele afirma que não foi detectada poluição sonora na área. Sua assessoria, no entanto, não nega que ele tenha dito que “não há leis neste País”.
Burrocracia engajada
O relatório “Panorama Laboral” de 2019 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), aponta crescimento de 0,1% no desemprego na América Latina, em 2019. O Brasil puxou o indicador para cima, mas a OIT preferiu destacar a “desigualdade de gênero” no continente.
Encheu o saco
Segundo a agência Associated Press e o jornal Washington Times, a cobertura do impeachment de Donald Trump derrubou a audiência de canais que transmitem o processo nos EUA. A queda chega a 60%.
Pergunta na fila
Se com chefe era devagar, sem chefe o INSS vai parar?
PODER SEM PUDOR
O dono da grana
Nos anos 50, uma CPI investigava a ligação entre o governo Getúlio Vargas e o jornal Última Hora, de Samuel Wainer. O conde Francisco Matarazzo era interrogado pelo deputado Carlos Lacerda, ferrenho opositor de Getúlio: “Sr. Matarazzo, o senhor deu dinheiro ao Samuel Wainer?” O rico empresário respondeu sem pestanejar: “Dei, sim!” Lacerda inquiriu, desafiador: “E por que?” Matarazzo respondeu, encerrando a conversa: “Ué! Dei porque o dinheiro é meu e faço dele o que bem quiser.”
Com André Brito e Tiago Vasconcelos